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 O bebê imaginário Spengler

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MensagemAssunto: O bebê imaginário Spengler   O bebê imaginário Spengler EmptySáb Ago 31, 2019 11:57 am

Título:  O bebê imaginário Spengler
Autor(a): Jussara/bajumoon
Shipper: Egon/Janine
Gênero: Romance/comédia
Censura/Classificação:  M
Capítulos:  VII
Completa: Sim
Resumo ou uma promo: Egon pensa que Janine está grávida

I

O bebê imaginário Spengler
Egon ajeitou suas roupas, sentindo-se subitamente embaraçado.
Ele não planejava aquilo.
O físico olhou para sua secretária, que terminava de abotoar a camisa que usava.
Ela terminou a tarefa e olhou para ele, os olhos brilhantes de paixão.
Egon mexeu em sua gravata nervosamente.
- Você é mesmo um homem sensacional, Egon! - ela o beijou na boca, antes que ele se afastasse.
- Hum...Obrigado! - ele desviou do olhar dela, mas percebeu que precisava dizer algo mais. - Você também foi... É... Muito boa!
Ela deu um grande sorriso, enquanto colocava de volta os seus óculos.
- Obrigada, Egon! Eu vou voltar lá para baixo!
- Certo!
- Se precisar de mim, é só chamar!
Ele apenas balançou a cabeça e a olhou rapidamente, enquanto ela saía do laboratório.
Não havia mais nenhum vestígio nela, do que tinha acabado de acontecer.
Quem a visse, jamais pensaria que os dois tiveram feito sexo, há instantes atrás.
Era tão louco, que até mesmo ele já estava quase duvidando que acontecera realmente.
Janine só tinha ido ver se ele estava bem.
Como um toque suave dela em seu rosto se transformara em um tórrido beijo, nem como ele a agarrara e levara, naquela mesma bancada, que agora ele apoiava seus braços, ele não podia entender.
A paixão havia os consumido de maneira surpreendente.
Bem, o caso era fato consumado não havia mais o que ser feito. Pensava ele, voltando a ser prático.
No entanto, um pensamento assustador lhe tirou a calma.
Eles não tinham usado proteção alguma! Como ele pode ser tão descuidado?
As implicações disso poderiam ser devastadoras!
Subitamente desanimado, ele saiu de seu laboratório.
Precisava falar com Janine!
**
Janine estava distraída escrevendo alguma coisa em um bloco de notas, enquanto o físico se aproximava dela.
Ele ficou parado, tentando pensar como falaria sobre isso com a moça.
- Egon? Deseja alguma coisa? - disse ela, assim que notou sua presença.
O sorriso luminoso que ela lhe deu, deixou-o ainda mais desconfortável.
- Hum... Eu... Gostaria de falar algo importante com você!
Janine se ergueu, intrigada com o jeito do seu chefe.
- Tudo bem. Sobre o que quer falar? - ele não respondeu de imediato e ela completou: - Sobre o que houve entre nós?
- Sim. Confesso que algo me causa preocupação.
- Eu não entendo.
-  Não foi certo. Janine, nós dois fomos muito precipitados e...
- Ah, agora entendo!
- Entende?
- Sim, eu já esperava por isso, na verdade!
Ele a olhou confuso.
- Esperava?
- Eu sei que você não quer nada sério... Eu... Eu entendo!  
Ele concordou com ela, sentindo-se mal, por ela parecer chateada.
Mas ele não poderia desviar do objetivo real de sua conversa. Era melhor ele ser direto de uma vez!
- Na realidade, eu me referia a outra questão. Nós mantivemos relações sexuais sem nenhum preservativo. Não é algo que tenho por hábito. Nunca.
- Ah, é isso? - o jeito cru como ele se referiu ao que eles tiveram, a perturbou um pouco, mas ela sabia bem como ele era e logo se recuperou: - Eu não tenho nenhuma doença, Egon! Não pegará nada de mim! E acredito que o mesmo vale para você, certo?  
- Sim, posso garantir. Mas penso que você sabe que o descuido também poderia ter outras implicações.
- Implicações? - ela o olhou confusa, mas logo entendeu: - Ahh... Bom, quanto a isso eu...
- Janine! Alguém ligou? - a voz do Peter se aproximando os assustou.
- Não, Dr. Venkman! - disse a secretária.
Peter olhou para ela e depois para Egon, erguendo uma sobrancelha.
- Algo errado?
- Não, Venkman! Eu estava apenas... Hum...
- O quê?
- Ele só queria que eu fosse a biblioteca buscar um livro! - Janine disse rapidamente.
- É mesmo? - Peter ia dizer algo mais, mas pensou melhor. - Como queiram!
Egon olhou para o amigo, vendo que Peter tinha notado algo, mas estranhamente não comentara.
- Obrigado, Janine! Vou voltar para o laboratório! - Egon subiu antes da resposta da secretária.
Peter foi para seu escritório com um sorriso de lado.
"Parece que o Spengs anda tenho alguma diversão com a nossa secretária!" Pensava ele.
**
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MensagemAssunto: Re: O bebê imaginário Spengler   O bebê imaginário Spengler EmptySáb Ago 31, 2019 11:58 am

II

Várias semanas tinham se passado e Egon não tocara mais no assunto, sobre o que ocorrera com ele e Janine.
Janine pensou em dar alguma explicação, sobre a dúvida que ele tivera, mas pensando melhor, decidiu deixar as coisas como estavam.
Ele provavelmente tinha entendido que ela não estaria grávida e não havia com o que se preocupar.
A chateava pensar que ele só estava preocupado com isso e que não desejava estar com ela novamente.
Ela sim  desejava fazer amor novamente com Egon e sonhava que ele a procurasse para isso.
Mas talvez fosse melhor se concentrar só no trabalho e não ter esperanças.
*
Naquela mesma tarde, aproveitando que os rapazes tinham saído, Janine falava com sua amiga, ao telefone:  
- Tudo bem, tudo bem! O que a gente não faz por uma amiga... ! - disse Janine ajeitando os óculos. - Eu vou comprar! - a secretária desligou o telefone e ergueu-se de sua cadeira, pegando sua bolsa e casaco.
Na hora que estava saindo, os rapazes chegaram no Ecto1.
Peter foi o primeiro a descer, olhando para o relógio e em seguida para Janine.
- Onde pensa que vai? Ainda não deu a sua hora!
Janine o olhou aborrecida.
- Só falta meia hora,  Dr. Venkman! Deixe-me ir, não me sinto muito bem! - mentiu ela.
- Você parece ótima para mim!
- Eu estou com dor de cabeça!
- Tome uma aspirina!
- Meu estômago também não está bom, sinto-me enjoada. Eu posso acabar...
Peter a olhou enojado.
- Não se atreva a vomitar aqui! Vá! Vá de uma vez! E esteja boa amanhã!
Ela balançou a cabeça e passou pelos rapazes.
- Melhoras, Janine! - disseram Ray e Winston em uníssono.
Egon se manteve calado e sério.
- Coitada, não acham? - disse Ray. - Será que foi algo que ela comeu?
- Talvez... Ou talvez culpa de algo que a comeu!
- Do que você está falando, Peter?
- Nada, só algo estúpido que me ocorreu, Ray! Esqueça! - ele se espreguiçou, assim que terminou de tirar seu macacão. - Preciso de um banho! Vou subir!
Peter se retirou e Ray desceu para esvaziar as armadilhas.
Winston olhou para Egon, que permanecia parado no mesmo lugar, pensativo.
- Ei, Egon, o que você tem?
- Hã? Ah, nada Winston! - ele ajeitou seus óculos e subiu sem nada dizer.
Winston balançou a cabeça, com um sorriso.
"Esses caras são mesmo loucos!"
*
Egon entrou em seu laboratório, ainda pensativo.
"Janine doente. Enjoada. Peter com aquele comentário. Não, isso é bobagem! Jamais seria o que estou pensando!"
O físico tentou descartar os pensamentos inquietantes da mente e tentar se concentrar em seu trabalho.
**
No dia seguinte, Janine entrou na Firehouse, ainda se sentindo um pouco irritada.
De nada tinha adiantado ela sair mais cedo, mentido que estava doente, para se encontrar com sua amiga, na casa dela.
- Não acredito que aquela tonta me fez comprar o teste, mas não me esperou, porque não aguentou a ansiedade! E ainda por cima era alarme falso! - Resmungava Janine baixinho, para si. - O que eu vou fazer com isso agora? - ela olhou para o teste ainda lacrado que deixara em sua bolsa. - Talvez na farmácia eles ainda aceitem de volta e eu recupere meu dinheiro!
Ela deu um grande suspiro e começou a trabalhar.
*
Naquela mesma tarde, Janine estava na sala se recreação, organizando uma pilha de livros, que Ray pedira para ela devolver a biblioteca, quando Egon surgiu.
Ela o olhou animada:
- Oi, Egon! Não vi você o dia todo!
Isso não era incomum, já que ele permanecia a maior parte do tempo em seu laboratório, mas ela nem sequer tivera tempo de ir dar olhada nele, naquele dia.
- Eu estava ocupado! - respondeu ele, e depois se lembrando completou:  - Você está melhor hoje?
Ela se sentiu corar, por lembrar-se da mentira que inventou para sair mais cedo.
- Er... Sim, estou! Obrigada!
Eles ficaram alguns instantes em silêncio, até que Egon falou:
- Você ainda tem uma cópia da chave, do armário de suprimentos? Por alguma razão ele está trancado e não faço ideia onde está a chave.
- Ah, sim, sim! Eu tenho uma! Está lá embaixo! Eu vou buscar!
- Tudo bem, você está ocupada! Diga-me onde está e eu a buscarei.
- Está na minha bolsa!
- Oh...
- Ah, tudo bem! - disse ela, ao ver a cara incomodada dele. - Eu nunca deixaria o Dr. Venkman mexer, mas você pode abrir. Está no bolso interno. É a segunda chave do molho.
- Certo. Com licença!
Ele desceu e encontrando a bolsa dela, Egon a abriu.
Ele achou as chaves com facilidade, mas quando estava fechando a bolsa, algo nela chamou sua atenção.
Sem poder se conter, ele pegou a caixinha nas mãos, sentindo-se empalidecer.
**
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MensagemAssunto: Re: O bebê imaginário Spengler   O bebê imaginário Spengler EmptySáb Ago 31, 2019 11:58 am

III

- Epengs? O que faz aí parado?
Egon jogou a caixa de volta na bolsa em uma fração de segundos e a fechou.
- Nada!
- Essa não é a bolsa de Janine? - Peter olhou com interesse, depois de mais uma tragada em seu cigarro.
- Sim...
- O que você estava fazendo mexendo nela? Já estão tão íntimos assim?
- Eu precisava pegar uma chave. - ele mostrou o molho de chaves na mão direita. - Como ela está ocupada, ela me deu autorização para pegar na bolsa dela.
- E o que você achou mais aí?
- Nada. Não estava bisbilhotando. Só peguei as chaves.
Peter deu um sorriso divertido.
- Então por que você está nervoso e branco como um papel?
- Não estou nervoso,Venkman! Só surpreso. Você apareceu de repente!
- Tem certeza?
- Tenho.
- Não acredito!
- Isso não me importa!
- Há! Está nervoso mesmo!
- Eu não estou e não tenho tempo para conversar agora! - ele saiu depressa.
- Ora, ora! Eu raramente vi Egon desse jeito! Algo realmente interessante está acontecendo aqui! - disse Peter para si.
**
Egon subiu as escadas tão transtornado, que se assustou, ao ouvir Janine.
- Encontrou as chaves, Egon?
- Ah... Sim. - ele mal a olhou.
Janine franziu a testa.
- Você está bem?
- Eu estou perfeitamente bem! O-obrigado pela chave. - ele fugiu o mais depressa possível dali.
O físico entrou em seu laboratório, trancou a porta e se deixou cair em sua cadeira.
Pela primeira vez em sua vida, ele simplesmente não conseguia pensar.
Estava em completo estado de torpor.
Ele encheu os pulmões de ar, tentando voltar a realidade.
Egon ainda não podia acreditar no que estava acontecendo.
Janine grávida. Um feto em desenvolvimento. Um filho. Um filho dele!
Ele, Egon Spengler, reproduzira! Era surreal demais para que seu cérebro pudesse processar.
Tentando colocar os pensamentos em ordem e analisar friamente, ele se acalmou um pouco.
Não era um fato certo. Ela apenas poderia estar grávida.
Ele não tinha a confirmação. E provavelmente nem ela. O teste estava fechado.
Colocando a mão na testa em preocupação, ele sentia vontade de se esconder, mas sabia que não poderia fazer isso.
Independentemente do que acontecesse, ele teria que encarar a situação.
**
- Ray, você viu a Janine? - perguntou Egon, ao encontrar a recepção vazia.
- Ela saiu há pouco.
- Ohh...
Ray olhou atentamente para o amigo.
- Algum problema, Egon?
- Não. Por que pergunta?
- Você está estranho!
- É impressão sua, Ray! - ele disse, em tom aborrecido.
- Tudo bem, como preferir! - Ray deu de ombros, mesmo intrigado com o jeito do físico.
- Avise a Janine, quando chegar, que eu quero falar com ela, certo?
- Pode deixar!
Egon subiu as escadas e Ray foi até o escritório de Peter.
- Ei, você sabe o que deu no Egon? - perguntou ao psicólogo.
- Hum, algo com Janine, pelo visto!
- Como assim?
- Há... Egon recorreu ao clichê mais antigo da história: chefe e secretária!
- Do que raios você está falando, Venkman?
- Você é mesmo bem devagar, não? - Ray o olhou confuso e Peter bufou. - Ele está transando com a Melnitz!
- Oh, agora entendo! - Ray deu uma risadinha. - Mas isso não explica ele estar nervoso.
- Pois é. Pelo visto algo deu errado. Muito errado, se for o que eu estou imaginando.
- E o que seria?
Peter deu um sorriso de lado.
- Vamos esperar para ver!
**
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MensagemAssunto: Re: O bebê imaginário Spengler   O bebê imaginário Spengler EmptySáb Ago 31, 2019 11:59 am

IV

Egon tentou trabalhar, mas foi inútil.
Desistindo e frustrado, ele passou a andar de um lado para o outro, sentindo-se subitamente como um animal enjaulado.
Depois do que lhe pareceram horas, ele ouviu batidas na porta.
Elas sincronizavam perfeitamente com o seu coração acelerado.
Com muito custo, ele desprendeu a voz e disse:
- Entre.
- Com licença, Egon! - Janine entrou e fechou a porta. - Ray me disse que você queria falar comigo.
Com a prática de anos, ele recuperou a calma e tentou se manter mais tranquilo possível.
- Sim. Quero.
- Há algo errado? Algo sobre o trabalho?
- Não. Algo pessoal.
- Sobre nós?
- Exato.
- Eu pensei que já tivéssemos conversado sobre isso!
- De fato, mas como você deve saber bem, não falamos sobre tudo.
Janine o olhou confusa. O que estava acontecendo com ele?
- Sobre o que quer falar então? - ela se sentou pacientemente, esperando.
- Eu sei sobre as suas suspeitas!
- Minhas... o quê?
- Foi tudo tão repentino! Mas você deveria ter me contado.
- Egon, eu não estou te entendendo! De que suspeitas está falando?
- Você sabe, sobre nós... Sobre o nosso... Hum... Futuro.
Ele tentou, mas não conseguiu, nem ousou usar a palavra "filho", na frente dela.
Mesmo que tentasse, ele não conseguia deixar de se assustar com tudo isso.
"Agora entendo, ele está falando de minhas expectativas, sobre o nosso relacionamento!" Deduziu ela, erroneamente.
Janine o olhou chateada e respirando fundo, comentou.
- Sei que foi repentino o que aconteceu entre nós. E  sei que você não se importa, nem quer isso!
- Eu me importo, sim. Não sou alguém que foge de minhas responsabilidades.
- Você não tem razões para se sentir responsável. Eu sou a única culpada. Não deveria ter expectativas.
- De qualquer forma, aconteceu. E temos que resolver...
- Não se preocupe comigo, Egon. Eu vou ficar bem! O que houve já um fato consumado, não há mais o que fazer!
- O quê?! E-então você já tem certeza disso?
- Sim.
"Tenho certeza de que estou apaixonada por você!" Ela completou, em pensamento.
Ele a olhou assustado, deixando-se cair em uma cadeira.
"Eu vou ser pai! Eu vou ser pai!"
- Egon? O que você tem? - ela correu até ele, abanando-o com as mãos.
Nesse momento, Peter entrou rapidamente no laboratório.
- Ei, Spengs, depressa! Nós temos uma chamada!
- Eu acho que ele não está bem, Dr. Venkman! - Janine olhava preocupada para o cientista.
- O que aconteceu? O que você fez com ele?
- Nada, nós estávamos apenas conversando e...
- Eu estou bem! - disse Egon finalmente. - Provavelmente tive uma súbita queda de pressão, mas já me recuperei!
- Sei...! Então vamos logo!
Egon assentiu e Peter saiu do laboratório.
Egon se ergueu com a ajuda de Janine e ele disse, a voz profunda.
- Não se preocupe, terminarmos nossa conversa depois, Janine!
Ele saiu sem esperar a resposta dela.
**
Janine observou Egon se retirar, completamente confusa.
Egon estava muito estranho!
Por que ele estava tão preocupado com os sentimentos dela?
Será que ele já estava com outra e queria deixar as coisas bem resolvidas  com ela?
Janine afastou essa ideia. Ela não queria pensar nisso!
Mas algo muito sério estava acontecendo. Ela podia sentir!
*
Já passavam das dez da noite, quando o Ecto 1 entrou na Firehouse.
Depois de uma caçada difícil, os rapazes estavam esgotados.
Eles saíram do carro e Peter resmungou irritado:
- Como se já não bastasse estar todo melequento, ainda tivemos que trabalhar somente em três, praticamente.
Ele olhou para o Egon, balançando a cabeça.
- Eu lamento rapazes! Ando cansado! - desculpou-se Egon.
- Talvez você devesse trabalhar menos, Egon! - disse Winston. - Você realmente não estava bem. Nunca tínhamos visto você tão fora do ar!
- O Winston tem razão, Egon! É melhor você descanse mais!
Peter bufou:
- Ora, Ray, por favor! Sabemos bem que o problema dele é outro!
- O que está acontecendo? - indagou Winston.
- É exatamente o que queremos saber! - Peter olhou para Egon.  - Acho que há algo que você quer nos comunicar, não, Spengs?
**
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MensagemAssunto: Re: O bebê imaginário Spengler   O bebê imaginário Spengler EmptySáb Ago 31, 2019 11:59 am

V

- Não sei do que você está falando, Venkman!
- Você sabe, sim! Não adianta disfarçar mais! Isso já tomou grandes proporções.  Qual é o seu problema com a Melnitz?
- Peter, eu...
- Você a engravidou, não é?
Ray e Winston olharam surpresos para um lívido Egon.
- E-ela disse para você?
- Não, mas há! Então é verdade! Como você, o gênio, pode ter sido tão burro?
- Burro? Ei, isso é maravilhoso! - Ray deu um grande sorriso. - Fantástico! Você vai ser pai, Egon!
Winston também sorriu amplamente, dando um leve tapinha no ombro de Egon.
- Isso que é uma grande surpresa! Como eu sempre digo: "são sempre os quietinhos!".  - ele deu uma leve risada. -  Parabéns Egon!
Egon ouviu as felicitações sem mover um músculo e Peter balançou a cabeça, muito contrariado.
- Vocês só podem estar brincando mesmo! Dando os parabéns para ele! Deveriam dar os pêsames!
- Não seja cruel, Peter! É uma grande notícia!
- Ray, será que você não percebeu a implicações disso? Egon vai ter uma grande responsabilidade, a vida dele nunca mais será a mesma! Além disso, Janine não vai ficar satisfeita em ser apenas uma simples secretária.
- Não exagere!
- Vocês não veem? Ela agora está grávida de um dos chefes. Quer dizer... - Peter fez uma pausa e disse com acidez. - Se é que a criança é mesmo do Egon!
Egon, que até então permanecia calado reagiu subitamente, segurando o colarinho de Peter.
- Seu filho da...
Ray e Winston rapidamente separaram Egon e Peter, antes que o físico batesse nele.
Peter ajeitou a roupa, respirou fundo e falou baixo:
- Desculpe...
- Esqueça! - disse Egon dando as costas e subindo as escadas.
*
Egon entrou em seu laboratório e deu um murro em sua bancada.
Ele estava nervoso. Ele estava frustrado. Ele estava assustado.
Egon nunca fora um homem que se deixasse levar pela vida. Desde sempre sua vida era planejada. Cada passo. Cada conquista.
Mas agora ele estava em uma situação que não desejava, mas que não podia escapar.
**
- Você falou com o Egon?
- Sim, Ray, ontem mesmo! Você não me deixaria em paz, de qualquer maneira, se eu não falasse.
-  Claro! Você passou dos limites falando aquilo!
- Humpf! - Peter virou a cara, contrariado.
- E ele? Ainda com raiva?
- Não, mas ainda está em outro planeta! - Peter largou sua bebida na mesinha de centro, enquanto se afundava mais no sofá.
- Ele não parece nem um pouco feliz com isso!
- Não é pra menos, não acha?
- Eu ainda acho ter um filho algo incrível!
- Só você mesmo! Egon é diferente! Acho que nem no intuíto de um experimento científico, essa ideia deve ter passado na cabeça dele. Ele não sabe como lidar com isso e isso o está matando!
- O que você acha que o Egon vai fazer?
- O que resta a ele fazer? Mesmo sem querer, ele vai arcar com todas as responsabilidades e despesas em relação ao filho.
- E quanto a Janine?
- Quanto a ela, eu não quero nem pensar e na realidade não me interessa! Só espero que isso não sobre para nós!
**
Janine entrou na Firehouse, poucos minutos antes das oito, como de costume.
Tirou o casaco que usava, ajeitou suas coisas e sentou em sua cadeira, como sempre.
Ela ligou o computador e passou a trabalhar de forma rotineira.
Tudo estava como todos os outros dias.
Tudo, menos as expressões de seus chefes.
Peter a olhara de cima abaixo, com a sua melhor pior expressão de cinismo e deboche.
Ele resmungara algo que ela não entendera e dando-lhe as costas, ele foi para o seu escritório.
Ray tinha surgido, pouco depois, com um enorme sorriso no rosto.
-  Bom dia, Janine!
- Bom dia, Dr. Stantz!
- O dia está lindo hoje, não?
- Na verdade, não! Está frio e chuvoso!
- Ah, mas com certeza há algo novo, que está tornando esse dia especial, não acha?
Ela parou de trabalhar, ajeitou os óculos e olhou para ele.
- Hã?
- Aposto que você está muito feliz! E nós também ficamos. De verdade!
- Fale por você, Ray! - gritou Peter, ouvindo a conversa.
Pela primeira vez, Janine teve concordar com Peter.
- Eu lamento não compartilhar da sua alegria, Dr. Stanz, mas depois de uma noite mal dormida, metrô lotado e ter escorregado pelo caminho, eu não posso considerar esse dia alegre!
- Escorregado? Você se machucou? Está tudo bem com... Com você?
- Sim, está! - ela franziu a sobrancelha.
- Ah, bom dia Janine! - Winston a cumprimentou, assim que se aproximou deles.
- Bom dia!
- Você parece muito bem hoje!
- É verdade! Você parece radiante! - Ray confirmou animado.
Janine os olhou, sem palavras. Mas o que é que estava acontecendo afinal?
- Deixem ela trabalhar! Ela não é paga, para receber elogios. - gritou Peter, indignado com a atitude dos caras.
Ray e Winston balançaram a cabeça e Janine revirou os olhos, voltando sua atenção, para seus afazeres.
- Se precisar de alguma coisa, conte conosco! - disse Ray.
Janine apenas balançou a cabeça afirmativamente, sem saber o que dizer.
Peter chamou Ray até seu escritório e lhe disse, com a voz baixa:
- Pare de ficar paparicando ela! Isso não vai acabar bem!
- Ah, Peter, fale a verdade. Eu sei que no fundo você ficou contente com a notícia!
- Vá a m., Ray!
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MensagemAssunto: Re: O bebê imaginário Spengler   O bebê imaginário Spengler EmptySáb Ago 31, 2019 12:00 pm

VI

Pouco antes das duas da tarde, Egon desceu as escadas, disposto a terminar a conversa com Janine.
Eles tinham muitas coisas para resolver e ele não iria protelar mais!
Antes, no entanto, ele parou para observar a moça.
Ela estava lendo atentamente um papel e rabiscando algo no bloco de notas.
Janine parecia muito atarefada e ele sentiu uma pontada de preocupação.
Será que ela estava bem, cuidando-se bem? Provavelmente toda essa situação também não estava sendo fácil para ela!
- Janine?
A moça ergueu o rosto, olhando para a figura alta, que estava a sua frente.
- Sim?
- Eu quero falar com você!
Janine o olhou de forma interrogativa. Afinal, por que Egon estava tão propenso a conversas ultimamente? Eles não já tinham esclarecido as coisas? Ou será que ele ainda tinha algo realmente sério, para falar para ela?
- Tudo bem, Egon! - ela concordou. - Só me dê uma hora, por favor! Tenho que lançar essas notas no sistema! Preciso fazer isso hoje! Estou muito atrasada, nem tive tempo para almoçar!
- Você ainda não almoçou?
- Não...
- Você não deve ficar sem se alimentar! Pode se prejudicial.
- Eu estou bem.
- Vou buscar algo para você! Acho que também seja necessário que você tome algumas vitaminas. E... Talvez seja melhor que eu a examine.
Ela parou de trabalhar e o olhou assustada:
- Como é?
- Você não pode descuidar da sua saúde!
- Minha saúde está muito bem, obrigada!
- Mesmo assim, eu ainda quero examinar você!
- Por que essa preocupação repentina com a minha saúde, Egon?  
Ele a olhou, um pouco incomodado.
- Eu sei que eu não reagi bem a notícia, mas você deve entender que foi muito repentino. E eu estou preocupado com você!
Janine se levantou de sua cadeira. Não havia mais nenhuma possibilidade de continuar trabalhando assim.
Ela deu a volta em sua mesa, ficando mais próxima dele.
- Egon, por favor: Diga o que está acontecendo! Por que todos e principalmente você estão estranhos?
- Estranhos?
- Sim. Estranhos! O que há afinal?
- Olá família! - disse Ray, assim que chegou com Peter e Winston, depois de assistirem ao jogo na TV.
- Família?! Vocês enlouqueceram?
Egon a olhou, sem graça:
- Lamento... Eles já sabem!
- Sabem o quê?
- Você sabe... sobre nós!
Ela o olhou, sem acreditar. Egon tinha contado sobre eles terem ficado juntos?
- Você contou a eles sobre nós?
- Não. Peter adivinhou. Não pude fazer nada!
- Nós ficamos muito felizes, Janine! De verdade! Já estava na hora do Egon se estabelecer.
- Como? O que você quer dizer... Espere um pouco: Por que você disse "família"?
- Por você, o Egon e... Você sabe!
- O quê? O que tem nós dois? Eu devo estar ficando maluca, ou vocês estão! Não estou entendendo!
- Janine, você não deve ficar nervosa! Pode ser prejudicial nas suas condições atuais!
- Eu vou ficar ainda mais nervosa, Dr. Spengler, se você não me explicar o que está acontecendo!
Peter, que ouvira a conversa, aproximou-se, sem paciência:
- Não faça de desentendida! Você sabe que eles estão falando da criança, que você espera!
- Criança?
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MensagemAssunto: Re: O bebê imaginário Spengler   O bebê imaginário Spengler EmptySáb Ago 31, 2019 12:00 pm

VII

Janine se apoiou em sua mesa, completamente desorientada.
Ao ver a palidez dela, Egon se aproximou preocupado.
- Você está bem?
- Ela já começou o teatro...
Egon deu um olhar de advertência para Peter, que se calou imediatamente.
Janine olhou para os três homens, completamente estupefata. Então era isso!
Eles achavam que ela estava grávida!
Vendo que Egon esperava que ela respondesse, ela olhou para ele e foi direta:
- Sim, eu estou bem! - ela fez uma pausa, antes de acrescentar:  - Egon, eu não estou grávida!
- O quê? - agora foi a vez de Egon ficar perdido.
- Isso que você ouviu... Que vocês ouviram perfeitamente! Eu não sei o que levou vocês a pensarem isso, mas eu não estou grávida!
- Você tem certeza, Janine? - Ray perguntou.
Se aquilo não fosse tão surreal, ela quase teria rido do olhar desapontado de Ray.
- É claro que eu tenho certeza!
- Não é possível! - disse Egon, a expressão confusa.  - E quanto a você passar mal? E quanto ao teste de gravidez? Suas palavras sobre ter certeza, quando conversamos?
Janine ficou aturdida. Agora ela entendia a razão de Egon ter pensado que ela estava grávida.
Ela tinha muito o que explicar!
- Eu não acredito que as coisas foram para esse rumo! Foi tudo um mal entendido!
- Explique de uma vez essa história toda, Melnitz!
- Sim, Dr. Venkman! Vou explicar! E confessar também!  - ela respirou fundo. - Naquele dia, eu menti que estava passando mal só para poder ir mais cedo.
- Eu devia imaginar, que você faria algo assim!
- Eu sei que foi errado! Porém, uma amiga minha tinha me pedido um favor!  Era dela o teste de gravidez, que o Dr. Spengler aparentemente viu na minha bolsa, quando foi pegar a chave! Ela não precisou dele e eu tencionava devolver na farmácia! E quanto a conversa que tivemos, Egon, como você não falou abertamente sobre essa possível criança, achei que fosse sobre só nós dois! Enfim... Eu não pensei... Não pensei que fosse isso!
Egon ficou imóvel, tentando processar tudo o que ela dissera.
Ray permaneceu quieto, um pouco chateado ainda.
Peter, como sempre o mais prático, disse rapidamente:
- Bem, então o assunto está resolvido! Talvez devêssemos sair pra comemorar com Egon, mais tarde. - Janine lhe deu um olhar mortal, mas ele não se intimidou: - E quanto a você, Janine, vai ficar mais meia hora hoje, pagando o tempo que saiu mais cedo! Volte ao trabalho! - ele voltou para o seu escritório.
Ray disse algumas palavras, sobre o quanto lamentava e se afastou.
Janine então se voltou para Egon, ao ver que ele ainda não tivera nenhuma reação.
- Egon, você está bem?
Ele olhou para ela, a característica expressão estoica, surgindo novamente.
- Sim, sim. Com licença!
Janine o olhou subir para seu laboratório, sentindo-se triste.
Depois de tudo isso, provavelmente Egon se afastaria dela.
*
Somente quando Egon entrou e fechou a porta de seu laboratório, ele se permitiu um grande suspiro de alívio.
Janine não estava grávida! Não havia filho! Não havia preocupação, nem responsabilidade!
No entanto, apesar de se sentir livre e relaxado, ele não pode deixar de imaginar, como teria sido, se ele tivesse mesmo um descendente.
Seria como ele? Ele ficaria feliz com isso?
Bem, não adiantava pensar em coisas remotas.
Não havia  um filho a caminho! Ele só precisava se preocupar com o seu trabalho!
**
Já passava das dez da noite, quando Janine bateu na porta do laboratório de Egon.
- Entre.
Ela ouviu a voz seca e entrou.
- Egon?
Ele a olhou de relance, sem parar o que estava fazendo.
- Eu pensei que já tivesse ido! - falou ele finalmente, ao perceber que ela estava calada, só observando-o.
- O Dr. Venkman não me deixou ir ainda...
Egon balançou a cabeça. Mesmo que não se metesse nisso, ele tinha consciência de que Peter abusava como empregador.
- Você pode ir, Janine! Eu a autorizo!
- Obrigada, Egon! Mas de qualquer modo eu vim aqui, porque precisava falar com você!
- Sim?
- Eu gostaria de me desculpar pelo que aconteceu.
- Desculpar-se?
- Sim, por você ter pensado que teríamos um filho!
- Foi uma grande confusão, Janine! Você não pode ser responsabilizada por isso!
- Você não ficou chateado comigo?
- Obviamente não!
- Mas... De qualquer forma, nós nunca mais vamos...
Egon mesmo distraído com seu trabalho, entendeu o que ela queria dizer.
- Janine, acho melhor mantermos nossa relação profissional! Para evitarmos mais problemas.
- Claro, Dr. Spengler! Me perdoe pelas minhas... Bobagens!
Diante das palavras de Janine, Egon deixou por um momento sua tarefa de lado e olhou para ela.
Ela parecia meio vergonhada, perdida e até... triste?
Egon não pode evitar sentir uma pontada de carinho e culpa.
Antes que ela saísse rapidamente do laboratório, ele se ergueu e tocou delicadamente em seu braço.
- Janine, eu sinto muito!
Ele olhou novamente para ela, o rosto e o corpo delicado. Corpo que sabia dar e receber prazer muito bem.
Egon sentiu seu corpo esquentar imediatamente. Ele não resistiu e a beijou.
Janine se jogou nos braços deles e aprofundou o beijo.
Ele gostava da maneira com a qual ela o correspondia prontamente.
Ele não podia evitar. Eles fariam novamente!
Egon a encostou contra a parede e enquanto a beijava, tateou uma gaveta e a abriu.
Ele olhou de soslaio e viu que ainda tinha uns pacotes ali.
"Dessa vez serei precavido!" Pensou ele sorrindo, enquanto tirava a blusa de Janine.

Fim
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