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 O mistério de Egon

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bajumoon

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MensagemAssunto: O mistério de Egon   O mistério de Egon EmptySáb Fev 23, 2019 12:58 pm

Título:  O mistério de Egon
Autor(a): Jussara/bajumoon
Shipper:  Egon/Janine
Gênero:  Roamance
Censura/Classificação:  M
Capítulos:  10
Completa: Sim
Resumo ou uma promo: Egon esconde um segredo. E Janine quer descobrir do que se trata.

I

Janine foi trabalhar naquela manhã de segunda, sentindo-se desanimada.
Como se não bastasse a falha no metrô, que havia atrasado seu percurso rotineiro até a Firehouse, ainda teria que ouvir as reclamações só seu irritante chefe, por chegar depois da hora.
Ela deu um suspiro alto, assim que entrou na sede dos caça-fantasmas. A moça se preparava para os resmungos de Peter, quando percebeu que não havia ninguém por ali.
"O Dr. Venkman deve ter passado a noite fora! Melhor para mim!" pensou ela, enquanto se sentava e ligava o computador.
Janine organizou sua mesa, deu baixa em algumas faturas e procurou por recados na secretária eletrônica.
Não havia nenhuma chamada gravada e o telefone também não tocara naquele momento.
Tudo estava em ordem e estranhamente quieto.
Começando a se entediar, ela vasculhou em sua bolsa, procurando seu livro para ler, mas ela percebeu que o havia esquecido.
- Droga! - ela resmungou.
Então lhe surgiu a ideia de subir e dar uma passadinha no laboratório do Egon.
Com a desculpa de que iria ver se ele precisava de algo, ela sempre aproveitava para se aproximar dele e flertar um pouco.
Mesmo com o físico a ignorando, ou na melhor das hipóteses, sendo apenas educado e gentil, ela gostava de ficar perto dele.
A atração que ele exercia sobre ela era inevitável. Ela gostava da voz profunda, do olhar concentrado, da personalidade... Enfim, dele todo!
Ele era diferente de todos os caras, com os quais ela havia saído.
Ele era único!
Pensando sobre ele, a moça subiu as escadas, até chegar a porta do laboratório do cientista.
- Egon? - ela o chamou, parada na entrada da porta, que estava aberta.
Como não obteve resposta, ela entrou devagar, notando que o seu chefe não estava lá.
- Que estranho! - ela exclamou admirada.
Egon geralmente acordava extremamente cedo (ou não dormia, ela desconfiava) e já se trancava em seu laboratório.
Muitas vezes ela havia visto Ray ter que convencê-lo a sair um pouco, para comer, tamanha a obsessão dele, pela ciência.
Ela desceu as escadas intrigada. O Ecto1 estava na Firehouse e ela tinha olhado cautelosamente para o quarto deles, antes de descer.
Somente Ray estava em sua cama dormindo.
"Talvez ele esteja na unidade de contenção" Ela cogitou, indo procurá-lo lá.  
No entanto, ela também não o encontrou.
Desistindo, ela voltou para seu posto de trabalho.
"Onde será que ele se meteu?" Pensava ela.
**
A moça se distraiu, mexendo em seu computador, quando um sonolento Ray apareceu.
- Ah, essa rotina de trabalho está acabando comigo! - ele bocejou. - Alguma ligação, Janine?
- Não, Dr. Stantz! Tudo aqui está irritantemente calmo!
Ray olhou por cima dos arquivos, vendo que Peter não estava lá. Ele não conseguiu reprimir o sorriso, ao dizer:
- Está sentindo falta das grosserias do Peter esta manhã?
- Argh, claro que não! Falava do trabalho mesmo!
- Oh, certo! Eu particularmente agradeço a folga! Precisava descansar! Os rapazes também! -Comentou Ray.
Essa era oportunidade que Janine esperava, para perguntar:
- O Dr. Spengler também está descansando?
- Hum... Duvido! Ele não estava no quarto, quando acordei. Provavelmente esteja no laboratório, como sempre!
- Não, ele não está lá! Eu fui lá ver se ele precisava de alguma coisa e não o encontrei. Ele também não está na Unidade de Contenção.
- Hum... Que estranho! Egon não tem o costume de sair assim, pela manhã!
- Ele... saiu pela manhã... Ou...  Dormiu fora? - ela não resistiu a vontade de perguntar.
- Na verdade, eu não sei! Quando chegamos ontem de mais um trabalho, eu só tomei um banho e desmaiei na cama. Não faço ideia o que os outros fizeram depois. - ele fez uma pausa e prosseguiu: - Bom, eu sei que hoje é o dia de folga do Winston e Peter provavelmente está com alguma mulher. Mas Egon... Estou preocupado!
- Acha que ele foi sozinho investigar alguma coisa?
- Acho que não! Ele teria me dito antes!
- Então o quê...? -  Janine se interrompeu, ao notar Egon entrando na Firehouse.
- Bom dia! - disse ele sério, enquanto se aproximava deles.
Janine se ergueu, rodeando a mesa, para ficar mais próxima dele:
- Oh, Egon, que bom que você está bem! Estávamos preocupados com você!
- Eu estou bem, Janine!
- Onde você foi? - perguntou Ray curioso.
- Hum... Bem... Eu tinha assuntos... Hum... Particulares... Para tratar.
- Particulares?
- Sim.
- Ah, então você...?
- Ray! - Egon deu um olhar para Ray, para que o ocultista parasse de fazer perguntas ali, na frente de Janine.
Ray entendeu e se calou, enquanto Egon dizia que tinha coisas para fazer e subia as escadas.
- O Dr. Spengler está estranho... Não acha, Dr. Stantz?
- Oh, não, imagina! - Ray deu uma risadinha nervosa. - Acho que é impressão sua! - o moço disfarçou e subiu rapidamente as escadas, atrás de Egon.
Janine o observou, ficando extremamente curiosa.
O Dr. Spengler estava escondendo alguma coisa e Ray provavelmente já tinha entendido o que era.
Os dois eram muitos amigos e se compreendiam mutuamente.
Uma ideia passou pela cabeça de Janine no momento. Ela só esperava que não fosse o que ela estava pensando!
Mas ela precisava descobrir o que era!
**
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MensagemAssunto: Re: O mistério de Egon   O mistério de Egon EmptySáb Fev 23, 2019 12:58 pm

II

Sem conseguir se conter mais, Janine subiu sorrateiramente as escadas, parando discretamente na porta do quarto dos rapazes, onde ela tinha ouvido sons de conversa.
Ela se atentou ao que ele eles falavam:
- Faz algum tempo que você não passava a noite por lá! - disse Ray.
- Sim, com o ritmo do nosso trabalho e as pesquisas no laboratório, não tive muito tempo.
- E você se divertiu?
- Divertir-se não é bem a palavra que eu usaria, mas se você colocar dessa maneira...
- Alguém que possuí tudo aquilo, no mínimo pode se divertir e relaxar.
Egon deu de ombros.
- Você sabe bem como é!
- E como sei, é incrível! Ah, se eu tivesse a sua sorte... Eu estaria muito bem!
- Ora, Ray, você sabe que pode ter quando quiser. Não vejo problema em compartilhar com você. Desde que Peter não saiba.
- Ele, sem dúvidas, causaria problemas!
Janine estreitou os olhos, sentindo-se nervosa.
Eles só poderiam estar falando sobre o encontro de Egon, com alguma vagabunda, amiguinha deles!

*
A moça desceu as escadas, pisando duro!
Claro, como ela suspeitava! Só poderia ser uma mulher mesmo!
Então o sério e correto Dr. Spengler, tinha seus segredinhos!
A vontade que ela tinha, era de socar e gritar com ele!
Mas ela se lembrou frustrada, de que não tinha esse direito!
Ele não era namorado dela, nem sequer havia lhe dado alguma esperança.
Se Egon tinha interesse em outra mulher (alguém que Janine apostava que não valia muita coisa), era um direito dele.
No entanto, quem seria essa mulher? Loira, morena, ruiva? Alta, baixa? Magra, curvilínea? Burra ou intelectual? Que tipo de mulher agradaria o sério e estoico Dr. Spengler?
Ele  teria conhecido essa mulher, antes dela? Seria por causa dela, que ele nunca lhe dera atenção?
Janine precisava descobrir de quem se tratava!
Ela tinha que saber o que essa mulher tinha, que agradava tanto ao seu chefe.

*
No dia seguinte, Janine aproveitou o fato de seus chefes terem saído, para mais um trabalho e foi direto para o quarto deles.
Ela sabia que não era certo vasculhar as coisas de seu chefe e até poderia ser demitida por isso. Mas a vontade de descobrir o segredo de Egon era maior do que qualquer receio.
Ela começou a fuçar nas gavetas do físico, em busca de alguma pista, que a levasse ao segredo do Caça-fantasma.
Depois de procurar em vão, por todos os cantos do quarto, uma ideia passou por sua mente.
"O laboratório!" Pensou ela, dirigindo-se até lá.
Janine sabia que ali ela encontraria alguma coisa. Como Egon passava a maior parte do tempo naquele lugar, teria algo por lá.
Ela deu uma olhada rápida por todo o ambiente, até se dirigir a um armário, no canto.
Ela o abriu e no meio de objetos e ferramentas de trabalho, havia uma caixa pequena.
A moça pegou a caixa, abrindo-a e encontrando alguns papéis com diversos cálculos. Ela deu um suspiro frustrado, quando um papel em especial lhe chamou a atenção. Ela o pegou, olhando-o com interesse.
Era uma conta de telefone e não era da Firehouse.
Janine olhou o endereço, percebendo se tratar de um apartamento.
"Só pode ser o endereço da tal piranha! E o que fazia ele com uma conta dela? Ele está bancando ela? Não posso acreditar nisso! "
A raiva dela cresceu ainda mais!
Ela memorizou o endereço e guardou a conta, colocando tudo novamente na caixa.
A secretária já estava quase saindo do laboratório, quando quase esbarrou em Egon.
- Janine. O que faz aqui?
A moça o olhou, séria, nem um pouco intimidada, por ter sido pega de surpresa.
- Nada! Por quê?
- Você entrou aqui por nada?
- Sim. Estava cansada de ficar sentada e resolvi esticar as pernas.
O olhar nervoso e cínico da moça, intrigou Egon.
- Não é comportamento comum seu...
- Acha mesmo?
- Sim.
- Talvez você não me conheça muito bem. Assim como eu não conheço o senhor.
Egon olhou para a moça, verdadeiramente confuso. Afinal, o que ela tinha?
- Bem, não é recomendável que você entre em meu laboratório, quando eu não estiver.
- Por que não? O senhor tem algum segredo, para esconder?
Ele revirou os olhos, tentando ignorar a forma como ela o desafiava.
- Eu trabalho com vários materiais perigosos. Não quero que se machuque!
- Muito gentil da sua parte, Dr. Spengler! Não se preocupe, não entrarei mais!
Ela saiu sem esperar resposta. Egon meneou a cabeça, ainda incrédulo, com a cena da secretária.
Algo estava errado.
**
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MensagemAssunto: Re: O mistério de Egon   O mistério de Egon EmptySáb Fev 23, 2019 1:00 pm

III

Janine ajeitou o boné, a sacola de papel e respirou fundo, aproximando-se do prédio.
Assim que chegara ao endereço, naquela manhã de domingo, a moça ficou boquiaberta com o luxo das residências ali.
O prédio parecia ser uma construção antiga, imponente e refinada. Com certeza que morava por ali, não poderia ser um simples assalariado.
Janine não podia acreditar que Egon tinha chegado ao ponto de pagar por algo tão caro.
"Hum... Talvez o Egon não seja o único amiguinho dela. Essa piranha deve ser muito espera..." Pensou ela.
Com a curiosidade ainda mais elevada, a secretária se preparou, para dar início ao seu plano.
Ela ajeitou novamente seu disfarce e atravessou a rua, chegando até a portaria do prédio.
- Bom dia! Eu sou da farmácia, vim entregar os remédios!
- Quem pediu?
- Hã... A senhora da cobertura!
- Que estranho! A moça que trabalha por lá, não me disse nada!
- Ela deve ter se esquecido!
- Bem, ela saiu e não sei se volta ainda hoje!
- Tudo bem! Eu posso entrar e deixar na porta dela!
- Sinto muito, mas só pessoas autorizadas podem entrar no prédio. A senhorita pode deixar a encomenda comigo, eu a entregarei.
- Não posso deixar com o senhor! Deixe-me entrar! - ela tentou passar por ele, mas ele a segurou. - Solte-me seu filho da...
- Ei, o que está acontecendo aqui? - disse uma jovem.
- Ah, senhorita Smith, essa mulher veio trazer sua encomenda da farmácia! - disse o porteiro, soltando Janine.
- Encomenda? Eu não pedi nada!
Janine olhou para a mulher, que acabara de chegar.
- Então é você a piranha!
- O quê?! - a moça olhou para Janine, sem entender.
Janine olhou para a moça, da cabeça aos pés.
Ela não era feia, mas nem de longe poderia ser considerada uma "mulher fatal", pronta para enlouquecer os homens.
Ela tinha o cabelo preto, liso, preso em um simples rabo de cavalo. A pele num tom branco pálido, revelava que ela passava muito tempo em lugares fechados. Sua estatura era mediana e um corpo com poucas curvas. Ela também usava óculos e não parecia ter mais do que vinte anos.
"Esse então é o tipo preferido do Egon? Uma garotinha nerd!" Pensou Janine, revirando os olhos.
- Quem é você? - disse a moça, ao ver que Janine nada dizia, somente a encarava. - Eu não pedi nada da farmácia.
- A verdadeira pergunta aqui é "quem é você?"!
- Como é?
- E qual a sua relação com o Dr. Spengler?
Ela olhou surpreendida para Janine.
- Como você sabe do Dr. Spengler?
- Ah, então você admite que tem caso com ele, não é, sua vadia?
- Como se atreve a me ofender? Eu estou trabalhando!
- Ah, o nome disso é trabalho agora?
Vendo a discussão o porteiro se dirigiu para a jovem moça:
- Se a senhora não a conhece, nem pediu nada da farmácia, essa mulher pode ser perigosa! Quer que eu chame a polícia?
- Ah, você pode chamar quem quiser, mas antes essa aí vai me dar algumas repostas! - gritou Janine.

**

- Que ótima hora, para caçar fantasmas! - reclamou Peter, com um bocejo.
- É, realmente domingo de manhã é de matar! - concordou Winston.
- Ora gente, não é tão ruim assim! Pelo menos não tem trânsito! Não concorda, Egon? - disse Ray.
- Humm... - ele grunhiu, apenas olhando incomodado ao notar a rua que passavam.
Ele não estava gostando de passar tão perto dali. Seu segredo poderia ser descoberto por Peter.
O fisco ficou pálido, ao notar quem estava na porta do prédio, que ele conhecia tão bem.
- Janine?!
- Disse alguma coisa, Egon? - perguntou Ray.
- Hã? Não! - ele se voltou para Winston, dizendo: - Pare na próxima esquina, Winston!
- Por quê? O endereço que vamos ainda está longe!
- Eu... Eu preciso averiguar uma coisa?
- O que há de errado, Spengs? - perguntou Peter.
- Talvez nada realmente importante!
- Você manda a gente parar, por nada? - Peter o olhou de forma inquiridora.
Assim que Winston parou, Egon desceu imediatamente do carro.
- Podem ir sem mim! Não acredito que tenham problemas!
- Mas...
Egon não deu mais ouvido aos rapazes, afastando-se do Ecto 1.
- Afinal, o que deu nele? - perguntou Winston.
- Sei lá... Quem é que sabe o que se passa naquele cabeção! - Peter suspirou.
- Será que não devemos ir atrás dele? - Ray falou, com preocupação na voz.
- De jeito nenhum. Não quero mais perder o meu domingo zanzando pela cidade, atrás do Egon e suas loucuras. Vamos logo atrás do nosso fantasma!
- É, Ray, acho que Peter tem razão! Qualquer coisa o Egon nos avisará!
- É, está bem, vamos lá!

*
Egon andava pela calçada, olhando sempre para trás.
Ele ficou aliviado, quando percebeu os rapazes se afastando. Eles não iriam atrás dele e ele poderia seguir até o prédio.
Por sorte, ninguém tinha reparado na presença de Janine por ali.
O físico apressou o passo, preocupado pensando o que teria feito a secretária ir até lá.
Assim que estava perto da portaria, ele já pôde ouvir a voz alterada de Janine:
- Eu conheço seu tipo! Você não passa de uma piranha sonsa! Usou esse disfarce de intelectual, para atrair ele?
- Você está completamente louca! Por favor, senhor porteiro, chame logo a polícia.
- Louca? Ah, você vai ver quem é louca. - Janine avançou para bater na mulher, mas sentiu um braço ao redor da sua cintura, contendo e afastando-a, da jovem.
- Basta!
- Solte-me, eu...
- Basta, Janine!
A secretária então reconheceu aquela voz e olhou para trás.
Ela ficou momentaneamente sem reação.
- Dr. Spengler! Eu já estava chamando a polícia, para deter essa mulher. - disse o porteiro.
- Não é necessário! Eu cuidarei disso!
- Dr. Spengler, eu não sei como... - a jovem começou a falar, mas Egon a cortou.
- Já chega de escândalos aqui! Você sabe que eu gosto de descrição! Vamos resolver isso lá em cima!
Ele ainda mantinha o braço na cintura de Janine, temeroso de que se a soltasse, ela atacaria novamente.
O físico fez um gesto para que a jovem moça entrasse. Ela olhou cautelosamente para Janine, mas obedeceu, aproximando-se do elevador privativo.
Egon começou a conduzir Janine com ele, mas ela esbravejou:
- Solte-me! Eu não tenho intenção nenhuma de subir com vocês!
- Você veio aqui, por alguma razão, não foi? Agora você subirá comigo, sem dizer mais nada, até que eu permita que fale! - ele disse com uma firmeza, com a qual ela jamais vira nele.
Os olhos da moça se queimaram de raiva, mas algo dentro dela, sabia que era melhor obedecer.
Ela se calou, e os três entraram no elevador, rumo a cobertura.
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MensagemAssunto: Re: O mistério de Egon   O mistério de Egon EmptySáb Fev 23, 2019 1:00 pm

IV

Assim que as portas do elevador se fecharam, Egon tirou o braço da cintura de Janine, mas se colocou entre as duas mulheres, por precaução.
Os três permaneceram em silêncio, até chegarem a cobertura.
A jovem saiu primeiro e Egon fez um gesto para que Janine saísse.
Ela virou o rosto e cruzou os braços com irritação, mas saiu.
Egon saiu logo em seguida e se colocou em frente das mulheres.
- Venham comigo! - ele ordenou.
Janine não estava nem um pouco animada em obedecer, mas assim que levantou o olhar, ela ficou embasbacada.
Aquele era o maior e mais incrível apartamento, que ela já tinha visto na vida!
Era um duplex, com salas enormes, todas decoradas com bom gosto.
A secretária sentia uma vontade absurda em explorar cada canto, mas ela teve que seguir o físico, que andou até uma das salas de estar.
Ele ficou parado ali, esperando que as duas se aproximassem.
Egon mandou elas se sentarem. A mais jovem se sentou no sofá e Janine escolheu uma poltrona um pouco mais afastada, ao lado da janela.
Egon não se sentou.
O físico deu alguns passos, andando de um lado para o outro, até parar e dizer:
- Muito bem, agora eu quero saber o que significou toda aquela cena lá embaixo!
A jovem logo se prontificou em responder:
- Dr. Spengler, eu nada fiz! Eu estava apenas voltando para pegar a pasta que esqueci, quando essa mulher me agrediu verbalmente. E se o senhor não tivesse aparecido, fisicamente também! - Egon olhou para a Janine, que só estreitou o olhar. - Ela disse ao porteiro que era da farmácia e que viera trazer uma encomenda que eu pedi!  Obviamente tudo o que ela queria, era entrar para furtar o apartamento!  
- Está me chamando de ladra? A única bandida aqui é você! - Janine se ergueu para avançar sobre a jovem, mas Egon a segurou pelos ombros.
- Já chega Janine!
- Ah, claro, proteja a sua amiguinha!
- Ela não é minha "amiguinha"!
- Oh, claro! Então tudo bem! Amiguinha não. Que tal, sua amante, piranha, p...!
- Como? - Egon a olhou surpreendido.
- O que ela está dizendo? Essa mulher está completamente louca!
Egon não respondeu, ainda impressionado com a situação. Ele não conseguia acreditar no que Janine estava pensando.
Endireitando seus óculos, enquanto tentava permanecer calmo, ele se voltou para a moça mais nova e disse:
- Senhorita Smith, lamento o que aconteceu! Provavelmente tudo não passou de um terrível equívoco.  A senhorita Melnitz não é louca, nem uma ladra, ela trabalha para mim!
- Ela trabalha? - a moça apontou um dedo, incrédula. - Mas ela...
- Como eu disse, acredito que tenha sido apenas um mal entendido!
- Desculpe, senhor, mas acho que devia demiti-la! Ela não é de confiança.
- Ora, sua... - Janine teve que ser segurada novamente por Egon.
- Eu decido isso, senhorita! Se você não se importa, eu preciso conversar com a senhorita Melnitz em particular!
- Mas...
- Por gentileza, pegue o que esqueceu e nos deixe, certo?
- Está bem! - a moça saiu contrariada.
Assim que ele tinha certeza de que Janine e ele estavam sozinhos, ele a fez se sentar no sofá e sentou ao seu lado.
Janine olhou intrigada, para a maneira que Egon tratara a moça. Ele não parecia ser amante dela, na verdade, parecia mais que... Oh, não!
A moça olhou para Egon, que a encarava com intensidade.
Depois de alguns instantes em silêncio, ele foi o primeiro a falar:
- Antes de mais nada, vejo que devo esclarecer que a Srta. Smith é minha assistente!
- Oh... - Janine começou a se xingar mentalmente.
- Eu não tenho obrigação de explicar-me, mas ela e eu só temos uma relação de trabalho!
- E-eu pensei que...
- Bem, como disse, eu não deveria me explicar, mas você sim! Pode começar!
Janine sempre se considerou uma mulher corajosa e decidida. Pronta para enfrentar qualquer coisa! Mas naquele momento, tudo o que ela queria era fugir dali!
Mas ela não podia fugir. Não com aquele homem tão próximo, olhando-a intensamente.
A assistente dele estava certa, afinal. Ela só poderia estar louca, para ter feito o que ela fez. Esse homem bem na sua frente deixa-a insana!
Bem, pensava ela, ela já estava ferrada mesmo! Era melhor dizer toda a verdade!
- Eu, eu sinto muito Dr. Spengler, eu... Eu não sei o que me deu. Eu achei que aquela moça era sua amante e que o senhor mantinha esse apartamento para ela!
Egon balançou a cabeça, abismado, mas disse:
- Como você descobriu sobre esse apartamento?
Ela gelou. Agora sim, ela perderia seu emprego.
- Eu queria descobrir quem era sua amante e dei um jeito de descobrir o endereço. - disse ela de uma vez.
- Conte-me a história desde o início, para que faça algum sentido. De onde começou essa história de amante?
- Bem, quando o senhor se ausentou da Firehouse, na semana passada, eu fiquei intrigada. - ela respirou fundo, antes de continuar: - Depois ouvi acidentalmente uma conversa do senhor, com o Dr. Stantz. Eu entendi mal, pelo visto... Enfim, nesse momento, deduzi que se tratava de uma mulher e que o senhor teria passado a noite com ela. Eu fiquei curiosa e tentei descobrir o endereço da casa dela
- Foi quando a encontrei em meu laboratório, não foi? Você estava bisbilhotando lá.
Ela abaixou a cabeça.
- Sim.
- Bem, creio que o resto, eu já consigo compreender bem! Você veio até aqui, encontrou-se com minha assistente e a confrontou.
- Dr. Spengler, eu sinto muito... Eu...
- Acho que não me resta outra alternativa a não ser dizer que esse apartamento é meu! - disse ele, cortando-a.
- Seu?! Mas eu pensei que o senhor...
- Meus pais me deram assim que entrei para universidade. Eu não o queria realmente, mas eles insistiram, disseram-me que era um investimento. Em todo caso, eu preferi permanecer nos dormitórios da universidade. Desde então, eu só venho aqui esporadicamente.
- Eu não fazia ideia...
- Ninguém faz! Não achei relevante que soubessem. Os únicos que tem conhecimento sobre ele são Ray e minha assistente. Por motivos que não acredito ser necessário explicar, Peter não sabe.
- Eu... Eu sinto muito mesmo! - murmurou a moça, completamente envergonhada.
Egon se ajeitou melhor no sofá e disse:
- Para evitar qualquer outro pensamento impróprio seu, devo dizer que minha assistente só tem a chave, porque é ela quem resolve qualquer pendência que aparecer. E mantém tudo em ordem. No entanto, como já disse, algumas vezes eu venho para cá. E de fato, foi onde estive na noite em questão, quando eu não dormi em casa.
Janine sentiu vontade de gritar, de frustração e vergonha.
Ela tinha passado de todos os limites!
Tinha tirado suas próprias conclusões, mexido nas coisas pessoais de seu chefe, criado um escândalo com a sua assistente.
Egon tinha todas as razões do mundo, para colocá-la na rua, sem nenhum centavo.
Seus outros chefes provavelmente o questionariam, principalmente Peter, que tinha sido o contratante imediato.
Mas ela mesma, não tinha mais coragem de pedir que os outros intercedessem por ela.
Talvez o mais digno, fosse ela tomar uma posição a respeito, antes que Egon o fizesse.
Não seria fácil começar tudo de novo: procurar um emprego, entrevistas, até conseguir uma ocupação, mas não havia jeito.
Desanimada, mas reunindo sua coragem, ela se ergueu, colocando-se de frente para ele:
- Dr. Spengler, Egon, eu sei que agi como uma louca, demente. Não há justificativa para meu comportamento, só espero que possa me perdoar. Mas não se preocupe, antes que o senhor me demita, eu vou deixar o emprego voluntariamente. Ficarei apenas até que encontrem outra secretária, ou posso cair fora de imediato, se o senhor assim achar melhor!
Como ele permaneceu calado, Janine decidiu se retirar do lugar.
Ela tinha dado alguns passos, quando ouviu a voz dele:
- Espere. Nós ainda não terminarmos!
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MensagemAssunto: Re: O mistério de Egon   O mistério de Egon EmptySáb Fev 23, 2019 1:02 pm

V

Ela voltou o rosto para ele, surpresa.
- Como?
Será que ele também pretendia mandá-la presa, pelas coisas que ela fez?
- Aproxime-se. - ela obedeceu e ele fez um gesto com as mãos, para que ela voltasse a se sentar, ao seu  lado.
- O que o senhor pretende? - ela perguntou desconfiada.
- Em primeiro ponto, você continuará conosco. Não pretendo demiti-la.
- Não?
- É evidente que não! Nós estamos satisfeitos com o seu trabalho.
"O Dr. Venkman discordaria do senhor!" Ela pensou, mas se manteve quieta, enquanto ele prosseguia:
- Segundo ponto:  não vou levar em consideração o escândalo, nem o fato de você ter mexido em minhas coisas pessoais. Desde que não haja uma próxima vez.
- Não... - ela murmurou desconcertada. - Tem certeza de que não quer que eu saia?
- Já afirmei que não!
- Mas eu fiz...
- Sim, eu sei o que você fez! O que me interessa é saber por que você fez! Não acredito que tudo isso se deva, apenas por curiosidade.
Ela sentiu seu rosto esquentar e teve dificuldade em falar:
- Eu... Eu não sei bem... - mentiu ela, mesmo sabendo, que ele já conhecia o motivo.
Ele deu um sorriso de lado.
- Isso foi algo de caráter pessoal. Estou certo?
Janine, que não aguentava mais toda aquela pressão e constrangimento, explodiu:
- Por que você me pergunta, se você sabe?
- Quero que me diga!
- Quer mesmo saber? Então lá vai: Eu agi por ciúme, ou inveja dessa sua possível amante, sei lá. Agi como uma louca, eu sei. Eu sei também que não tenho direito, nem razão de agir assim. Nós não somos nada um do outro. Só temos uma relação profissional.
- Janine...
- Eu só queria realmente, saber o tipo de mulher, que agradaria o tão sério Dr. Spengler. Queria entender porque eu não poderia ser esse tipo.
- Eu realmente sinto, que você tenha ficado chateada, mas...
- Mas o quê? Seja sincero! Você não se importa realmente comigo!
Ele ficou calado e Janine ponderou sobre sua atitude. Estava outra vez perdendo a compostura.
O que esse homem tinha afinal, que a deixava sem juízo?
Ela respirou fundo, buscando se acalmar e por fim disse:
- Eu sinto muito, Egon! Você foi muito gentil, em não me mandar embora! Eu prometo que de agora em diante, eu não vou mais incomodá-lo, com esses absurdos. Tem a minha palavra! - ela se empertigou no sofá, preparando-se para levantar: - Bem acho que esclarecemos as coisas e eu posso ir! Até log... - ela tentou se erguer, mas ele a manteve sentada, segurando-a pelos ombros.
- Ainda não! - ele a olhou profundamente, aproximando-se mais.
Ela o olhou de forma suplicante:
- Por favor, Dr. Spengler! Deixe-me ir!
- Janine, você sabe, eu tenho trabalhado muito. E gosto de me concentrar no que faço.
- Humm..
- Na realidade, falta-me tempo para pensar em... Outros assuntos.
- Sinto muito pelo senhor. Posso ir?
A mãos no ombro dela, seguraram a moça um pouco mais forte.
- O que estou querendo dizer é que não é nada pessoal...
- Já entendi, deixe-me ir logo!
- Eu sei que a deixei frustrada. -continuou ele, ignorando o pedido dela. - E eu me importo sim, com você!  
- Eu duvid... - ele a calou com um beijo.
Janine foi tomada completamente de surpresa com o gesto, mas se rendeu em seguida.
O beijo começou lento, experimental e foi ficando profundo gradativamente.
Por um instante o pensamento incômodo de que ele só estava com pena dela, passou por sua mente, mas ela tratou de afastá-lo.
"Tanto faz!" Pensava ela.
Por pena ou não, aquele beijo era arrebatador demais, para que ela quisesse interromper.
A secretária sentiu seu corpo todo se arrepiar, somente com o toque da língua dele, na sua.
Ele a beijava com vontade, enquanto as grandes mãos, deslizavam pelas costas dela.
Egon estava surpreso, por estar gostando do beijo, mais do que imaginava.
Ele a tinha beijado em um impulso. O físico queria que ela entendesse, o carinho sentia por ela e que não estava realmente zangado, pelo que ela tinha feito.
Janine já estava com os Caça-fantasmas há algum tempo e sempre se mostrara fiel a eles.
Mesmo que Egon não dissesse, ele apreciava o fato de Janine sempre se preocupar, de sempre ser gentil, solícita e até carinhosa com ele.
Como homem, ele também não a achava feia, apesar de nem de longe, ela ser uma mulher fatal.
Ela tinha o corpo, pequeno, delicado, que talvez fosse mais atraente, se ela usasse roupas mais adequadas.
Mesmo assim, até aquele instante, ele nunca tinha sentido aquela vontade absurda de descobrir, de explorar aquele corpo.
Cheio de vontade, ele interrompeu o beijo, para tocar com os lábios o seu pescoço.
Ele podia sentir a entrega, o corpo dela, ansiando pelos seus toques. Isso o deixou ainda mais atraído.
Ele continuou beijando a pele delicada de seu pescoço, enquanto Janine arfava.
Ela podia sentir o cheiro amadeirado da loção pós-barba dele, adentrando em suas narinas.
Ela ergueu as mãos e acariciou o vasto cabelo dele, sentindo-se incrivelmente bem.
Egon a puxou novamente para um beijo, bem mais agressivo do que o primeiro.
Assim que se afastaram, ele falou:
- A sua epiderme é... Hum... Macia... Cheirosa... - disse, passando a beijar novamente o pescoço dela.
- Ohh... - ela gemeu deliciada.
Era inevitável. Aquela voz grossa, um pouco mais baixa do que o habitual, falando daquela maneira excitante com ela.
Aquele homem tinha sido seu sonho, desde que o conhecera.
E agora finalmente ela estava tendo a oportunidade de estar com ele. Ela não podia estar mais satisfeita!
Sem poder se conter, ela abriu o paletó dele, tirando-o e puxou sua gravata.
Ele mesmo retirou a peça, arrancando também o colete de lã.
O físico deu um sorriso de lado e levou suas mãos até os botões da camisa que Janine usava. Ele abriu os botões, até a peça estar aberta por completo, expondo o sutiã vermelho.
**
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MensagemAssunto: Re: O mistério de Egon   O mistério de Egon EmptySáb Fev 23, 2019 1:02 pm

VI

Ele a olhou com muito interesse, tocando sua barriga lisa, até chegar aos seios.
Ele tocou nos montes pequenos, mas firmes, massageando-os.
Ela gemeu novamente, puxando-o para mais um beijo.
Egon correspondeu o gesto, beijando-a intensamente, enquanto se deitava por cima dela, no sofá.
As mãos dele deslizaram pelas pernas dela, até chegarem a sua saia.
Ele puxou o tecido para cima e sem mais delongas deslizou a mão pelas partes íntimas dela, por cima da calcinha.
Janine gemeu deliciada. Ela fechou os olhos, tomada pelas incríveis sensações que ele a fazia sentir.
Ela notou os dedos longos, retirarem sua calcinha, para terem mais acesso às suas partes íntimas.
Ela arfou, quase sem fôlego, quando Egon inseriu seus dedos nela, explorando-a da maneira mais íntima e prazerosa possível.
Ele a levou ao pico do prazer e tudo o que restava a ela, era gritar seu nome, no mais profundo êxtase.
Ela, enfim, abriu os olhos para olhar para ele. Egon estava sentado agora, olhando-a profundamente com um sorriso predatório.
O seu sorriso fez com que o corpo dela se arrepiasse.
- Você é encantadora! - disse ele, deixando-a completamente surpresa.
O elogio tão inesperado fez o coração de ela bater violentamente, apesar de seu corpo ainda estar lânguido, pelo prazer que ele tinha lhe proporcionado.
Era uma surpresa maravilhosa saber, que além de atraente e genial, ele também podia ser fofo e sedutor.
Sem poder mais se controlar, ela se ergueu e o beijou, sentado-se em seu colo.
Ela podia sentir a excitação dele, embaixo de si e disse em voz arfante:
- Egon, eu quero você! Por favor!
- Será um inenarrável prazer! - ele retrucou.
Egon a colocou novamente deitada no sofá, enquanto tirava rapidamente suas roupas.
Ele vasculhou o bolso de sua calça rapidamente, pegando a sua carteira e retirando um preservativo dela.
Ele o colocou em seu membro e se deitou por cima da secretária.
Beijando-a com vontade, ele adentrou em seu corpo, arrancando de ambos, um gemido satisfatório.
Ele se movia em ritmo constante, ajudado por Janine, que empurrava seus quadris ao encontro dele.
Sentindo-se cada vez mais próxima do clímax, ela implorou para que ele fosse mais rápido.
Egon acatou rapidamente, aumentando o ritmo das estocadas.
- Ahh, Egon! - ela gritou engasgada, sendo tomada por um incrível prazer.
Ele gemeu, a voz roupa e pesada, permitindo-se a sua própria liberação.
Ele desabou por cima dela, um pouco cansado e ofegante, quando o telefone tocou.
- Argh... - Egon grunhiu contrariado.
- Deixe tocar essa porcaria!
- Lamento! Não posso! Deve ser Ray!
Ainda sem sair de cima dela, ele esticou o braço, atendendo o telefone.
- Alô? Fale Ray! O que houve? - ele fez uma pausa. - Sim, obviamente estou aqui! Estou bem! - Outra pausa, enquanto ele ouvia o amigo. - Está bem! Eu irei! - Egon desligou o telefone e se levantou.
- Você vai sair?
- Sim. Tenho que ir! - ele recolheu rapidamente suas roupas e saiu da sala, indo ao banheiro.
Janine permaneceu deitada, sem saber ao certo o que fazer.
Talvez fosse melhor se vestir e ir embora, antes que ele a mandasse.
Ela deu um suspiro e começou a recolher suas roupas, para vesti-las, quando Egon retornou, já completamente alinhado.
- Janine, eu...
- Não se preocupe! Eu já estou indo! Se você me permitir somente usar o seu banheiro por um instante eu...
- Não. Quero que fique aqui!
- O quê?
- Há um problema que carece da minha atenção e preciso ir. Mas quero que me espere aqui.
Ela sentiu novamente as marteladas em seu coração.
- Você... Tem certeza?
- Claro. Você pode usar qualquer uma das suítes e pegar o que precisar. Minha assistente mantém a casa toda abastecida. Há também comida na cozinha! - ele ajeitou os seus óculos e se afastou. - Fique à vontade! - disse, próximo ao elevador.
Ela olhou partir sério, como se nada tivesse acontecido entre eles.
Assim que ele saiu, ela se sentou no sofá pensativa.
Ainda não podia acreditar em tudo o que tinha acontecido nas últimas horas.
Tinha feito a loucura de se fingir passar por entregadora, para flagrar a amante do Egon. Mas ela que acabara sendo a tal amante, indo para cama, ou melhor, para o sofá com ele.
E tinha sido extraordinário. Ela poderia afirmar com toda a certeza de que nunca tivera um amante tão bom!
Tinha sido muito melhor, do que em qualquer de suas fantasias.
Mas agora, ela não fazia ideia do que aconteceria.
Tudo o que ela desejava, no entanto, era cair novamente naqueles braços sedutores e cheios de paixão.
Bem, pensava ela, tudo o que ela poderia fazer naquele momento, era aproveitar.
Ela se ergueu preguiçosamente do sofá subiu as escadas.
Ela tinha suas roupas na mão, não se importando em vesti-las.
A secretária ainda estava boquiaberta com aquele apartamento.
O andar de cima era aparentemente tão luxuoso, quanto o resto do imóvel.
Ela estava louca de vontade de explorar aquele lugar incrível, mas antes, ela queria um bom banho!
Janine entrou na primeira porta que viu, encontrando um quarto luxuosamente decorado.
Ela observou encantada os móveis: a linda cama, o detalhado lustre, a penteadeira clássica.
Era tudo tão bonito!
Sorrindo, ela deixou suas roupas sobre uma poltrona e rumou para o banheiro.
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MensagemAssunto: Re: O mistério de Egon   O mistério de Egon EmptySáb Fev 23, 2019 1:03 pm

VII

Janine suspirou satisfeita ao sentir a água quente batendo em seu corpo.
Apesar da banheira convidativa, ela optara pelo chuveiro.
Ela saiu do banho, vestindo um roupão, que estava próximo das toalhas.
Ela saiu do banheiro e do quarto, ansiosa por explorar o apartamento.
Janine caminhou descalça pelo corredor (ela não se incomodou em colocar novamente seus sapatos) e desceu as escadas.
**

Depois de um breve lanche na espetacular cozinha, ela aproveitou para explorar todo o lugar.
Ela mal viu as horas passarem, usufruindo de cada cantinho.
O apartamento era tão incrível, que ela seria capaz de ficar um mês inteiro ali, sem se entediar.
Tinha uma linda biblioteca, sala de vídeo, um pequeno, mas bem equipado laboratório, um terraço de fazer inveja...
Ela também notou um belo piano, em uma das salas e imaginou se Egon tocava.
Sem dúvida, aquele homem era uma caixinha de surpresas!
Ela nunca poderia imaginar que Egon possuísse um imóvel assim!
Bem, ela tinha certa noção de que Egon não vinha de origem humilde, como os outros.
Afinal, bastava olhar para ele, para perceber que o cientista era refinado.
Por mais sério, distante e às vezes até tenso, ele era um cavalheiro.
Bem o oposto de Peter Venkman. Pensou ela, revirando os olhos, ao se lembrar de seu odioso chefe.
Janine voltou para a sala de estar, olhando maliciosamente para o sofá, onde estivera com Egon.
Sorrindo, ela se lembrou de que havia um lugar que ela queria muito conhecer.
Ela subiu rapidamente as escadas, passando por algumas portas.
Ela avistou, ao final do corredor, uma porta dupla e julgou ser ali a suíte master.
Abrindo as portas, ela vislumbrou o lugar, sem ter qualquer dúvida de que aquele era o quarto de Egon.
A suíte era enorme, bem decorada em tons escuros, dando um ar "másculo" ao cômodo. Os móveis eram do mais absoluto bom gosto e havia quadros interessantes também.
Ela sorriu ao ver um com uma espécie de fórmula. O quadro e alguns objetos de decoração, demonstravam o amor pela ciência, de seu morador.
Cada vez mais empolgada e curiosa, ela abriu uma das portas internas do quarto.
Ela se deparou com uma espécie de "quarto de estudo".
Havia muitos livros e uma poltrona estrategicamente próxima da janela.
Diferentemente dos outros cômodos da casa, que ela já tinha visto, ali havia um pouco de bagunça. Janine supôs que ali era um dos lugares preferidos de Egon e sempre que ele estava em sua casa, deveria ficar boa parte do tempo nesse lugar.
Ela encostou novamente a porta e abriu a outra ao lado.
A moça deixou escapar um palavrão, tamanha a surpresa! O cômodo era um closet enorme, que mais parecia uma loja de roupa masculina.
Belos ternos, camisas, calças, sapatos. Ela abriu a gavetas e encontrou as gravatas perfeitamente dobradas e organizadas e... Cuecas.
O closet possuía um banheiro embutido, que era incrível também, todo trabalhado em mármore.
A secretaria se sentia até zonza, com tanto luxo!
Ela voltou para o quarto, sem conseguir se conter,  jogou-se na enorme cama, rolando deliciada.
**

- Janine acordou meio "grogue", na mais absoluta penumbra.
Ela demorou alguns segundos, para se lembrar de onde estava.
Tateando o abajur, a luz difusa encheu o enorme quarto e ela olhou para o relógio na parede.
- Quatro horas da manhã? Droga! Eu dormi demais!
Ela se levantou da enorme cama, saindo do quarto.
Tinha se passado um dia inteiro e Egon ainda não tinha voltado!
Ela desceu as escadas, tendo somente a claridade vinda de alguma das janelas e voltou ao ponto de partida, sentando-se novamente no sofá no qual estivera com Egon, pensando no que ela deveria fazer.
Em quatro horas, ela deveria estar no trabalho.
No entanto, antes, ela tinha que voltar para casa e trocar de roupa.
Mas iria embora assim, sem ver Egon?
O que será que tinha acontecido com ele? Algum problema, com algum fantasma? Ele e os outros estariam bem?
Ou será que ele simplesmente tinha se esquecido dela ali?
Sem pode se conter, ela pegou o telefone e discou o número da Firehouse, no ramal que ia direto para o laboratório de Egon.
Depois de alguns toques, ele atendeu.
- Alô?
- Egon! O que houve? Por que você não voltou?
- Janine, lamento! Eu estou fazendo a análise de uma estranha substância que encontramos! Eu não posso voltar agora, mas esteja à vontade e...
Janine desligou o telefone, batendo com força.
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MensagemAssunto: Re: O mistério de Egon   O mistério de Egon EmptySáb Fev 23, 2019 1:04 pm

VIII

Ela não podia acreditar que estava preocupada com ele, enquanto o cretino, bem tranquilo em seu laboratório, nem se dera ao trabalho de avisá-la.
Ela tinha sido ingênua, ao pensar que ele voltaria correndo para ela.
Era melhor era se conformar e aceitar que tinha sido só algo casual.
"É, Janine! A fantasia acabou!" Pensou ela.
A moça pegou suas roupas, vestindo-as e saiu do apartamento, rumo ao Brooklyn.

*

Às oito da manhã, ela entrou na Firehouse, com cara de poucos amigos.
Ela sentia uma leve dor de cabeça e ainda uma forte raiva de certo cientista!
"Para o bem dele, é melhor que ele passe o dia trancado naquele estúpido laboratório! " Pensava ela.
A secretária caminhou até seu posto de trabalho, passando por Winston e Peter, ignorando-os.
- Bom dia, Janine! É bom ver você também! - ironizou Winston, com um leve sorriso.
- Bom dia! - disse ela seca, enquanto se sentava e ligava seu computador.
Peter se aproximou da mesa dela e depois de mais uma tragada de seu cigarro, disse com o seu cinismo habitual:
- Acho que pagamos você o suficiente, para ao menos ser educada!
Ela lhe deu um olhar fulminante.
- Sou educada o bastante, para não lhe dizer onde o senhor deveria enfiar suas palavras e esse seu cigarro! - ela virou a cara para ele, tentando se concentrar em seu trabalho.
Mesmo sendo cretino, Peter percebeu que era a hora deixá-la em paz.
Ele se afastou dela, voltando a se aproximar de Winston, que balançava a cabeça, impressionado com a resposta de Janine.

**
O dia transcorreu tranquilo, apesar do mau humor de Janine.
O telefone não tocou o dia todo e os rapazes aproveitaram para cuidar de suas vidas pessoais.
Ray e Winston tinham saído e Peter tinha ido para seu apartamento.
Egon passou o dia trancando em seu laboratório, nem sequer saindo para almoçar.
Janine imaginava que uns dos caras havia levado algo para ele comer, mas ela não ligava.
Ela continuava sem querer ver Egon.
No entanto, quando já passava das quatro da tarde, ele surgiu, descendo as escadas.
- Janine!
A voz profunda a pegou de surpresa e ela se sobressaltou de sua cadeira.
Com a raiva aumentando dentro de si, ela falou:
- O que você quer?
- Eu quero dizer que lamento, se a fiz esperar por mim.
- Você já disse isso pelo telefone!
- É verdade, mas você não me deixou terminar e desligou.
Ela se ergueu abruptamente, seu auto controle indo para o espaço.
- O que você esperava, Dr. Spengler? Que eu ficasse toda gentil, ouvindo como uma babaca, suas desculpas esfarrapadas?
- Não são desculpas. Eu realmente não pude voltar! Essa análise que estou fazendo é muito importante!
- Oh, claro!
Ele a olhou, ainda mais sério, o olhar profundo:
- Esse é meu trabalho, Janine! Você sabe que o levo muito a sério!
- Ah, sim. Negócios antes do prazer, não é mesmo?
- Você não precisa colocar dessa maneira!
- Ah, como você colocaria então?
- Foi uma experiência extremamente satisfatória, para ambos, creio eu. Infelizmente eu fui chamado pelos rapazes, para resolvermos um caso muito sério.
- Está certo, Dr. Spengler! Fique com o seu trabalho, então!
Egon colocou a mão no rosto, como uma forma de se acalmar e observar aquela mulher teimosa, na sua frente.
Ele estava cansado daquela conversa tola, mas sentiu necessidade absurda de dar mais alguma explicação.
- Eu a deixei em segurança e com conforto, em meu apartamento. Achei que ficaria bem lá!
- O que você está pensando? Que pode me jogar em um lugar de luxo, para eu ficar à sua disposição, como uma boneca? Eu não sei com que tipo de mulher, você se já se relacionou, mas eu não sou assim. Eu sou independente! Eu tenho atitude!
Ela se aproximou mais do físico, como se quisesse bater nele. Ela tinha o rosto corado, os olhos brilhando de raiva. Nesse momento, ele a achou extremamente bonita e atraente.
- Eu sei que você tem atitude... - ele a puxou para si, pelos ombros. - Eu considero isso altamente sensual. - ele a beijou em seguida.
Janine, ainda nervosa, tentou se afastar, batendo nele, mas o desejo falou mais forte e a ela correspondeu o beijo agressivamente.
Egon a apertou em seus braços, empurrando-a um pouco para atrás.
Assim que ela encostou em sua mesa, ele a ergueu um pouco, colocando-a sentada sobre o móvel.
Sem interromper o beijo, ele pressionou seu corpo ainda mais sobre ela, ficando entre as pernas da moça.
O movimento fez a saia dela subir, revelando a liga vermelha na coxa. Ele olhou para aquela região, sentindo-se surpreso e excitado.
Ele sempre viu Janine como uma mulher modesta no modo de se vestir e imaginava que suas roupas íntimas fossem iguais.
Não que ele tivesse perdido muito tempo pensando nisso no passado, mas nas últimas horas esses pensamentos impróprios o invadiram, mesmo enquanto cuidava de seu trabalho.
Além disso, ela usava um conjunto modesto, quando eles se agarraram no sofá.
Ele não podia negar que tinha gostado, mas pensar nela com algo mais ousado era instigante.
Ele estava louco de vontade de despi-la ali mesmo e descobrir o que ela tinha por baixo daquela roupa sem graça.
Janine gemeu, quando Egon passou a beijar seu pescoço.
Ela se sentia entorpecida, o prazer a tomando por completo,  enquanto aquelas grandes mãos acariciavam seu corpo.
Ela mordeu levemente a orelha dele, gemendo, quando a mão do cientista deslizou por baixo da saia dela, acariciando sua feminilidade, por cima da calcinha.
A secretária ia puxá-lo para mais um beijo, quando ouviu um click e a porta da frente começar a se abrir.
Ela imediatamente empurrou Egon, para longe dela e pulou para fora de sua mesa, tentando se ajeitar o mais rápido possível.
- Boa noite! - disse Peter, debochado como de costume.
Janine deu a volta, sentando-se em sua cadeira.
Egon respirou fundo, tentando se recompor, segurando uma revista estrategicamente próxima de suas partes baixas.
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MensagemAssunto: Re: O mistério de Egon   O mistério de Egon EmptySáb Fev 23, 2019 1:04 pm

IX

- Julguei que você fosse ficar em seu apartamento! - disse Egon, a voz rouca.
- Vou ficar. Só vim buscar umas coisas que esqueci. - ele olhou de Egon para Janine. - Por quê? Estou atrapalhando seus planos?
- Não tenho planos. Só ficarei em meu laboratório!
- Hum, é mesmo? E você Janine? O que faz aqui depois das cinco?
- Tenho tanto trabalho, que preciso perder minha vida pessoal, para ficar aqui até tarde!
- Há! Como se o seu entretenimento não estivesse aqui também! Aliás, Egon, eu não sabia que você se interessava por revistas de fofoca. - Peter olhou para a revista na mãos de Egon.
- Janine só estava me mostrando uma matéria sobre nós.
- Ah, sim? Deixe-me ver então!
- Eu vou ver primeiro! Com licença! - Egon saiu rapidamente, subindo as escadas.
Peter se voltou para a Janine, olhando-a bem de perto.
- Evite dar os seus amassos em horário de trabalho, ok? Não sou obrigado a pagar por isso.
Janine sentiu seu sangue ferver de raiva e vergonha.
Peter não esperou a resposta e subiu para o quarto.

**

Passaram-se duas semanas e Janine não tinha ficado novamente sozinha com Egon.
Na realidade, ela mal o via. Quando não tinham chamadas, ele passava o tempo todo trancado em seu laboratório.
Nas poucas vezes que ficara de frente com ele, o físico era frio e mal a olhava.
Toda essa situação fez com que Janine se sentisse tola, por não ter resistido ao cientista antes.
"Foi uma grande estupidez de minha parte! Eu pareço mais com um brinquedo dele, que ele usou quando bem quis e depois ignorou!" pensava ela, com seu orgulho ferido.
*

Em uma manhã, assim que chegou ao trabalho, Janine viu um envelope pardo,  em cima de sua mesa.
Ela o abriu curiosa e dentro continha um bilhete:
"Temos que discutir assuntos pendentes.
Eu a espero às oito, em meu apartamento.
E. S."
Janine amassou o bilhete, com raiva.
Então ele achava mesmo, que depois de ignorá-la, ela iria correndo, como uma cachorrinha? Pensava ela, batendo com raiva na mesa.
Depois do nervosismo inicial, Janine se sentou, ponderando por um momento.
Talvez fosse melhor ir, sim! Assim ela poderia dizer umas verdades para ele, sem interrupções dos seus outros chefes.
Ela iria lá e acabaria de vez com esse jogo absurdo!
**

Janine foi direto do trabalho, para o apartamento de Egon.
Ela trocou o sapato que usava mais cedo, por um par de tênis e colocara o largo suéter, um pouco desgastado pelo uso.
Ela não se importava se não estava arrumada. Não tinha razões para ficar apresentável, muito menos para agradar Egon.
No entanto, ela deu um alto suspiro, ao entrar no hall no do prédio. Era gritante o contraste de sua aparência, com a elegância do lugar.
Isso ficou ainda mais claro, com o olhar um pouco desdenhoso do porteiro.
Ela agradeceu o fato de ele não fazer nenhum comentário grosseiro (ela queria guardar suas energias, para brigar somente com Egon), indicando que ela poderia subir, pois o cientista já a estava esperando.
Ela entrou no elevador e subiu até o luxuoso apartamento.
Assim que as portas se abriram, ela notou a música clássica de fundo e um cheiro maravilhoso de comida.
Seu estômago traiçoeiro logo começou a se manifestar.
Tentando se concentrar em seu objeto de estar ali, ela chamou por Egon, enquanto adentrava na sala.
- Boa noite, Janine! - a voz familiar a cumprimentou.
Ela olhou para seu lado esquerdo, já disposta a gritar com ele, quando seu coração parou.
Egon trajava um smoking, perfeitamente ajustado em seu corpo.
Ele tinha um sorriso predatório, que a deixou sem fôlego.
- Por... Por que está vestido assim? -perguntou ela, a voz se desprendendo com dificuldade.
- Eu imaginei que devia isso a você, depois... Bem, depois de toda a nossa situação. - como ela nada disse, ele completou: - Pedi que preparassem um jantar para nós! Já está tudo pronto! Venha!
Ele se aproximou dela, tocando delicadamente o seu braço.
Janine inalou colônia que ele usava, sentindo-se inebriada.
Egon não tinha hábito de usar perfumes. Seu cheiro característico era o de sua loção pós barba (ótimo também, por sinal).
Mas ele estava fazendo tudo isso para ela?
"Não, ele não vai me seduzir de novo! Dessa vez eu vou resistir!" Pensava ela.
- Eu não vim aqui para jantar, Dr. Spengler! O senhor me deixou aquele bilhete infame, dizendo que queria discutir nossos assuntos! Bem, eu estou pronta para discutir!
- Podemos fazer isso enquanto jantamos, não concorda? Você ainda não comeu nada, certo?
Ele a olhou profundamente e ela se perdeu naquele olhar por um instante.
Droga de homem persuasivo!
"Certo!" Pensava ela. "Se ele está oferecendo comida, por que não aceitar?"
A secretária fez um gesto de afirmação, mas pediu para usar o toalete, para lavar as mãos.
Assim que voltou, Egon a conduziu até a mesa já posta, ajudando-a a se sentar.
Eles começaram a refeição em silêncio.
Janine então olhou para ele e disse:
- E então, não íamos discutir?
- Certo. Eu preciso me desculpar se tenho  sido distante. Como você deve saber...
- Eu não devo saber de nada! - ela elevou a voz, largando seu garfo de modo rude. - A não ser que você é um insensível, que gosta de brincar com mulheres. E eu não estou disposta a isso!
Ele a olhou surpreso, mas disse com a voz controlada.
- Eu entendo a sua frustração. Mas peço que se acalme!
- Eu não quero ficar calma! - disse ela, erguendo-se da mesa. - Já chega de bobagens! Vou embora!
Ela começou a sair, mas ele se adiantou, colocando-se na frente dela.
- Janine, por favor! Eu realmente lamento! - ele a segurou pelos ombros.
- Solte-me, seu cretino... Seu filho da... - ela parou de falar, quando os olhos de ambos se encontraram. - Seu... Seu irresistível!
Ela mandou sua dignidade para o espaço, quando o puxou para um beijo.
Egon correspondeu de imediato, puxando-a para seu abraço.
- Egon... - gemeu ela, quando ele passava a beijar seu pescoço.
- Confesso que senti falta de fazer isso. - disse ele.
- Ohh... - ela estava completamente derretida.
Ele lhe deu um beijo rápido e falou:
- Teremos tempo para isso mais tarde! Antes de qualquer coisa, quero compensar você, por minha atitude nada cortês. Vamos voltar ao jantar?
- Mas eu quero você! - confessou Janine, arrancando um sorriso de lado dele.
- Teremos toda a noite! - ele prometeu, puxando-a para a mesa.
Janine deixou que ele a conduzisse novamente e voltou para seu jantar.
Dessa vez, ela permaneceu calada, enquanto ele se explicava:
- Como eu disse antes, sinto que você tenha ficado esperando por mim, aqui! Lamento também por Peter ter nos interrompido e ter aborrecido você, com comentários tolos.
- O Dr. Venkman sempre consegue ser o mais desagradável possível! - ela resmungou. - No entanto, você...
- Eu decidi me manter afastado no trabalho, para evitar mais incômodos para você! Mas eu confesso que desejava novamente passar momentos agradáveis com você!
Janine sentiu suas últimas defesas caírem. Não adiantava mais resistir.
Ela jamais poderia resistir a ele!
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MensagemAssunto: Re: O mistério de Egon   O mistério de Egon EmptySáb Fev 23, 2019 1:05 pm

X

Assim que eles terminaram o jantar, Egon levou Janine, para a sala.
Ela se deparou com o belo piano, passando a mão nele, displicentemente.
- É lindo! Eu não entendo de instrumentos, mas parece ser de ótima qualidade também!
- Sim, de fato.
- Você toca?
- Às vezes, para relaxar.
- Eu gostaria de ver você tocando.
- É mesmo? Se você deseja, eu posso providenciar isso. - ele deu leve sorriso e sentou-se para tocar.
Janine olhava encantada, com a destreza de Egon.
Ela não sabia nada sobre música, nem sequer fazia ideia do que ele estava tocando, mas era incrível!
Tudo o que ela poderia perceber, era que a música lembrava ele mesmo. Um pouco séria, formal, mas com um toque irresistivelmente doce e sedutor.
Ele tocava sem nenhuma dificuldade, nem sequer olhando para a partitura. Sem dúvida, Egon era excelente em tudo que se propunha a fazer mesmo!
Assim que terminou, o rapaz se ergueu, enquanto Janine batia palmas, de forma animada.
- Você foi incrível! Não fazia ideia que tinha tanto talento!
- Obrigado! Mas não me considero realmente talentoso.
- Mas você é!
- Bem, nesse caso então, eu prefiro me concentrar em outros talentos. - ele disse, de forma maliciosa.
Janine se aproximou mais dele, colocando os braços ao redor de Egon.
- É mesmo? Gostaria que me mostrasse então.
- Com muito prazer!
Ele a beijou intensamente, levando-a até seu quarto, no andar de cima.
Sem perder tempo, Egon começou a despir Janine, que o olhou, meio envergonhada.
- Eu nem sequer me arrumei, para vir aqui...-  ela mesma tirou o tênis que usava, empurrando-o com um chute.
- Você está ótima assim! - ele falou, tirando o suéter e camisa que ela usava.
As mãos grandes desceram até o cós da saia dela, abrindo o botão e puxando o zíper, tirando-a.
Ele então a deitou na grande cama, para poder observá-la melhor.
Ela usava uma lingerie rosa, delicada, de renda.
Ela parecia mais encantadora que nunca, principalmente com a expressão quase tímida, em resposta ao olhar intenso dele.
Ele sorriu de lado e passou se despir.
Janine o observou tirar suas roupas, seu coração mais acelerado do que nunca!
Ela mal podia esperar para ter seu corpo unido ao dele!
Assim que ficou completamente nu, Egon foi a até a cama, beijando Janine com força.
Ela correspondeu de imediato, deslizando língua para dentro da boca dele.
Egon então passou a descer seus beijos por todo o corpo dela, passando pelo pescoço, ombros, colo.
Ele tirou seu sutiã, para poder tocar e beijar livremente os seios dela.
Janine gemeu alto, enquanto ele a provocava ali.
Sua boca desceu mais, passando por sua barriga, até chegar a sua feminilidade.
Rapidamente ele tirou a última peça de Janine e passou a beijar suas partes íntimas, sugando-as.
A moça gemeu alto, chamando pelo nome dele, até que não aguentou mais tendo um intenso orgasmo.
Alguns instantes depois, ela o olhou, sua respiração ainda acelerada e disse:
- Egon, eu preciso...
- Sim. Eu também!
Ele a olhou com intensidade e pegando um preservativo na gaveta de seu criado-mudo, o vestiu, e logo se deitou por cima de Janine.
Ele a penetrou devagar, aproveitando a sensação de prazer que ela lhe proporcionava.
Seus movimentos começaram lentos, mas logo ele pegou o ritmo, sendo ajudado por ela, que empurrava seus quadris, ao encontro dele.
Em um movimento rápido, ele a puxou para cima de si, fazendo com que ela montasse nele.
Egon segurou o pequeno corpo pelos quadris, fazendo-a se movimentar rapidamente.
Logo ambos atingiram o clímax e Egon a puxou para si, beijando-a.
Eles interromperam o beijo e Janine, apoiou a cabeça no peito dele, ouvindo as batidas rápidas do coração do físico.
- Obrigado pela noite memorável! - ele disse de repente.
- Eu quem agradeço. - sorriu ela, saciada.
- Eu... Eu gostaria que viesse mais vezes aqui!
- Você terá tempo para mim?
- Farei o possível!
Ela revirou os olhos.
Esse era Egon Spengler. Ela não podia ambicionar que ele sempre viria para ela.
Mas por enquanto, estava bom, do jeito que estava.
Ela ainda o queria e estava sozinha mesmo!
Por que não aproveitar a oportunidade?
- Está bem, Egon! Quando quiser! - disse ela, beijando-o, enquanto Egon a virava por baixo dele.
Aquela seria uma noite bem prazerosa.

Fim
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