A lista

Título: A lista
Autor: strawberriesapples
Shipper: Egon/Janine
Gênero: Humor/Romance
Censura/Classificação: M
Capítulos: 9
Resumo ou uma promo: Uma lista com um item peculiar é encontrada no hall da firehouse...




Egon Spengler tinha voltado da loja de eletrônicos quando viu um pedaço de papel no chão.
Ele pegou o papel, abriu e leu: “shampoo, sabonete, condicionador, cotonetes, papel higiênico...” e em minúsculas, “durex”. Hum. Por que o item de papelaria estava numa letra menor? Certamente era menos importante que os de higiene.
Ele ficou observando o pedaço de papel por alguns segundos. Era uma lista datilografada. A quem poderia pertencer?
“Egon! Conseguiu as baterias?” Ray Stantz se dirigiu a seu amigo.
“Olá, Ray. Sim, estão dentro da sacola.”
“Ah, que bom.” Disse Ray, pegando de seu amigo uma sacola de papel.
“Por um acaso essa lista é sua?”
“Lista?”
“Sim.” Ele entregou o papel a seu amigo.
“Hum...” Ray leu a lista. “Não, não é minha. Ei, será que conseguimos terminar o serviço até as sete? Vai passar um documentário sobre os anos 50 na TV!”
“Eu espero que sim.”
Egon colocou a lista no bolso e subiu as escadas. Horas mais tarde, depois de ter ajustado algumas armadilhas com Ray, ele foi tomar um banho.
Mas estava tão apertado para ir ao banheiro que acabou deixando sua roupa no quarto.
Terminou o banho e correu só de toalha para o quarto.
“Ah, até que enfim, hein, Egon! Espero que você tenha deixado um pouco de água quente para nós, meros mortais!” Peter reclamou.
Peter entrou no banheiro e viu um pedaço de papel no chão. Ele abriu e leu o que estava escrito em voz alta.
“Shampoo, sabonete, condicionador, cotonetes, papel higiênico, durex. Durex? Ahhhh, doutor Spengler, quem te viu e quem te vê, hein!!” Peter riu-se.
Depois do banho, Peter foi para a sala. Viu seus três amigos no sofá, vendo o tal documentário.
A cena que eles viam falava da família e de métodos contraceptivos. Peter sorriu.
“Muitas das vezes, os jovens usavam plástico filme como contraceptivo, na falta de um.” Egon comentou.
Peter caiu na gargalhada.
“O que houve, Peter?”
“É verdade, Pete!”
“Meu pai era jovem nos anos 50. Ele usou! Mas nem sempre dava certo... Prova viva: eu!” riu Winston.
“Você... vai testar enquanto não compra, Egon? Hahahahaha!”
Os três Caça-fantasmas se entreolharam.
“Como é que é?”
“Testar o que, Peter?”
 “Comprar?”
“Não se faça de desentendido, doutor Spengler! Eu bem vi a sua lista!”
“Lista?”
“Que lista?”
“Uma com produtos de higiene e uma certa marca de-“
“Aquela lista não é minha!”
“Ah, não? Então como é que estava no banheiro, onde só tinha o seu macacão?”
“Eu a encontrei na entrada.”
“HA! Bela desculpa, Egon!”
“Desculpa? Desculpa de que?”
“Você não quer é admitir que anda atrás de um rabo de saia!”
“O que?!”
“Egon! Haha!!”
“Seria essa por acaso uma mini saia preta, mal escondendo pernas sardentas e bem torneadas?...”
“Eu não ando atrás de ninguém!”
“Esperem aí!” protestou Ray. “Nada tá fazendo sentido nessa história!”
Os três amigos olharam para ele.
“Egon, explica do começo.”
“Explicar o que? Eu encontrei a lista, perguntei se era sua; você negou. Subimos para ajeitar as armadilhas e eu fui tomar banho. Ponto.”
“Hum...”
“Hahaha! Conta outra, Egon!”
“Eu ia perguntar se a lista era sua, Peter! Ou se você sabia de quem era. Mas acabei me esquecendo.”
“An-rã. Finge que eu acredito!”
“Peraí. Então a lista não é sua, Egon?”
“Não.”
“Mas se só tem basicamente produtos de higiene na lista, se eu me lembro bem...”
“Tem produtos de higiene e um pra um propósito bem específico...” Peter sorria tolamente, olhando para seu amigo mais velho.
Nesse minuto o telefone tocou e eles desceram as escadas rapidamente.
Um poltergeist assombrava um clube de pôquer. Ele fazia muita bagunça, espalhando as fichas pelas mesas e fazendo as cartas voarem pelo clube. Acharam até que poderia ser Wild Bill Hickok, o Homem Morto.
Os Caça-fantasmas foram para o clube e acabaram esquecendo o assunto da lista.
Eles não tiveram muita dificuldade para achar o fantasma. Ele lançava olhares desafiadores aos Caça-fantasmas.
Ray Stantz observou o poltergeist e logo compreendeu. Não era o Homem Morto.
O fantasma era de um homem comum que tinha perdido tudo no clube e não se conformava.
“Sinto muito, senhor, mas seu tempo aqui acabou. Um, dois, três, e...” disse Ray para o fantasma.
“FOGO!” Gritaram os Caça-fantasmas em uníssono, atirando nele.

2


Egon prendeu logo o agonizante fantasma na armadilha.
“Prontinho, senhores!”
“Que os jogos comecem! Ou recomecem!”
“Obrigado, rapazes.” Agradeceu o diretor. “Eu desconfio que tenha sido um de nossos antigos membros...”
“E era! Pelo que vi nele, infelizmente, ele não era um bom jogador. Deve ter morrido de desgosto, de tanto perder!” explicou Ray.
“Pobre homem... Eu... eu sei que o jogo vicia, mas são todos adultos aqui. Sabem muito bem o que estão fazendo.”
“Você já pensou em fazer testes psicológicos nos membros?”
“Egon!”
“Ora. Pode se evitar casos como o de hoje, se alguma espécie de distúrbio for detectada.”
 “O que você disse faz sentido, Dr. Spengler. Mas acho que os próprios membros optariam por não fazer o teste...”
“Enfim!... Essa não é exatamente nossa área. Se você tiver mais algum problema com fantasmas, não hesite em nos chamar.”
“Certo. Muito obrigado, rapazes!”
“Não tem de que!”
“Vamos, Pete. Pete?”
“Cadê o Pete?”
“Peter!”
Eles olharam em direção a uma mesa. Peter estava sentado a essa mesa, jogando animadamente com outros três homens.
“Egon! Socorro!”
Os Caça-fantasmas correram em direção à mesa.
“O que foi, Peter??”
“Me empresta vinte dólares?”
“Pete, não viemos aqui pra jogar!”
“Eu sei, mas tem tanto tempo que eu não jogo! Não resisti! Ray, me empresta 50 dólares?”
“Cinquenta?!”
“Por que você pediu 20 ao Egon?”
“Porque o Egon é muquirana! Anda, Ray!”
“Você é quem gasta demais, Peter. Anda, vamos embora!”
“Não posso!”
“Por que não?”
“Vão me meter a porrada se eu desistir agora! Podem até... Bom... Eu não quero ser caçado por vocês!”
“Que exagero, Pete!”
“Ah, é? Aposto que o fantasma que pegamos hoje morreu porque devia dinheiro!”
“Senhores, vão me desculpar, mas nós temos trabalhos a fazer e não podemos ficar desfalcados. Peter, levante-se e venha com a gente.” Disse Egon, dirigindo-se aos três homens que jogavam com Peter.
“Mas Egon...” reclamou Peter, olhando sorrateiramente para os homens “Lembra do que eu falei...”
“Lembro sim. Mas nós estamos bem protegidos, certo, Peter?” disse Egon, segurando firme em seu feixe de prótons. “Acho que os cavalheiros não iriam ter a curiosidade de ver o efeito do feixe em humanos vivos.”
Os homens da mesa se entreolharam.
“Ok, deixa eu só pagar os cavalheiros. Tem os vintinho aí?”
Egon revirou os olhos e emprestou os $20 a seu amigo.
“Ray?”
“Vou cobrar com juros, Peter!” Ray entregou a nota a seu amigo, meio zangado.
“Tá, tá, valeu.” Ele agradeceu a seus amigos.  “E então?” ele se dirigiu aos homens à mesa.
“Vejo seus 70 e aumento mais 30.” Disse um dos homens.
“Vejo os 100 e aumento mais 50!” disse outro.
“Vejo os 150 e aumento mais 150.”
Peter parecia que ia desmaiar.
“O Pete tá ficando verde...” comentou Winston.
Os homens mostraram suas mãos. Chegou a vez de Peter. Os homens olharam para ele e sorriram. Ele escorregou pela cadeira. Os outros três Caça-fantasmas o ajudaram a levantar-se.
Ele abaixou sua cabeça, respirou fundo e...
Abriu um sorriso assim que levantou a cabeça.
“Royal Flush.” Disse ele, mostrando sua sequência.
“O que?!”
“Não!!!”
Os Caça-fantasmas sorriram.  Peter tinha ganhado 480 dólares!
“Como é que se fala, mesmo? ‘Olhem e chorem!’ Hahaha!”
“Não se atreva a voltar aqui, Caça-fantasma!”
“Ok, eu deixo um próximo fantasma acabar com o clube. Como disse meu amigo Egon, não podemos ficar desfalcados. Certo, Egon?”
“Certo...” disse ele, sorrindo.
“Ok, cavalheiros, foi ótimo jogar com vocês. Melhor sorte da próxima vez!”
Peter recolheu seu dinheiro e saiu cantando, seus amigos atrás dele.

3


“Nunca vi uma poker face tão perfeita na minha vida!”
“Você tava com cara de quem ia desmaiar mesmo!”
“Eu sei! Mas eu ia desmaiar de felicidade!”
“Hahahaha!”
“Ray, muito obrigado pelo empréstimo!” disse Peter, devolvendo os 50 dólares a seu amigo.
“Ora, de nada!”
“Egon... haha, pode comprar quantas caixas de durex você quiser! Toma! Hahahahaha!”
“Já disse que aquela lista não é minha! E para que eu compraria durex? Não falta fita adesiva na firehouse!”
“Ah, lá vai você bancar o inocentezinho... Eu te conheço há dez anos, doutor Spengler. De inocente você só tem... aliás, você não tem nada! Hahaha!”
Os amigos de Peter se entreolharam.
“O que fita adesiva tem a ver com o meu caráter, Peter? Isso não faz sentido!”
“Ora, Egon, você sabe muito bem que eu não estou falando de fita adesiva!”
“Então do que raios você tá falando, Pete?”
“É, desembucha aí!”
“A tal lista que o Egon ‘achou’ tinha produtos de higiene e uma marca de contraceptivo!”
“Ahhh, é claro! Faz sentido! Se compra todos os itens da lista numa farmácia!”
“Isso tem cara de ser é coisa sua, Pete!”
“Nah, se fosse minha eu admitiria logo!”
“Então por que todo esse alvoroço em torno dessa lista?”
“Porque é uma coisa fora do normal quando se trata de você!”
“Peter, a lista não é minha!”
“Então por que tem camisinha na lista? E ela tá tão bem datilografada! É tão a sua cara!”
Egon exalou em frustração.
“Você não acredita que aquela lista não seja minha, não é?”
“Não!” Peter sorria.
Egon levantou os braços, ainda frustrado.
“Ei, onde você vai?”
“Vou dormir! Estou cansado! Vocês deveriam fazer o mesmo! Já passa da meia noite!”
Ray deu de ombros, concordando com Egon. Winston o seguiu.
“Amanhã a gente convence ele a explicar essa história direitinho!”
No dia seguinte, Egon acordou cedo. Tinha sonhado com itens gigantes de papelaria fantasmas correndo atrás dele, liderados por uma camisinha enorme!
Ele foi para a cozinha e preparou o café da manhã.
“Bom dia, senhor puro e casto!” Peter riu.
“Bom dia.” Egon revirou os olhos.
“Bom dia, bom dia. Pete! E aí, já decidiu no que você vai gastar a grana? Vai dar entrada num carro? Vai investir na bolsa de valores? Vai comprar um equipamento de primeira e virar cineasta? O que você vai fazer?”
“Calma, Ray, ainda não decidi!”
“Guarda na poupança. Nunca se sabe quando vai precisar...” Winston comentou.
“Bom dia, rapazes! Vocês se importam se eu filar um cafezinho? Perdi a hora e não tomei o café da manhã.” Era Janine, parecendo bem disposta.
“Bom dia, Janine. Fique à vontade!”
“Obrigada, Egon!” ela sorriu.
Peter sorriu também.
“E aí, Egon? Vai *colar*... com a Janine em algum lugar hoje?”
“O que, Dr. Venkman?” perguntou ela, distraidamente, servindo-se.
“Peter, termine seu café da manhã.”
Os Caça-fantasmas tomaram seu café em silêncio. Peter fazia insinuações sobre Egon e Janine, sem que ela percebesse. Egon não parava de revirar os olhos.
“Obrigada pelo café! Vou lá dar uma escovada nos dentes e começar o serviço!” disse Janine, sua escova na mão, retirando-se da copa.
Peter deu a Egon um sorriso zombeteiro.
“Ei!” exclamou Janine ao voltar do banheiro “O que essa lista estava fazendo no banheiro?”
“É uma longa história...”
Peter soltou uma risada abafada.
“Você sabe de quem é essa lista, Janine?”
“Sim. É minha!”
Peter gargalhou, Egon cuspiu o café que estava tomando e Ray e Winston se engasgaram. A lista era de Janine?!
A secretária iria ter que dar algumas explicações...

FIM da parte 1

4 - Parte 2


“Ohh...”
“Vamos ver se é boa mesmo...”
Janine mordeu o lábio inferior enquanto observava, ofegante, seu amado Caça-fantasmas abrir um pacote de preservativo.
Egon o abriu com destreza e rapidamente colocou-o em seu membro. Janine gemeu baixo.
Ela o beijou ardentemente e o puxou para cima dela novamente, caindo em cima da cama.
Tudo começou quando Egon achou uma certa lista na entrada da firehouse. Nela, havia itens de higiene e uma... marca de preservativos.
Ele não sabia de quem era e resolveu guardar no bolso de seu macacão.
Mas Peter encontrou a lista e pensou que fosse dele. Egon teve que agüentar as implicâncias de Peter por horas.
Até que eles descobriram a quem pertencia a lista: Janine.
“O que?!” Ray e Winston perguntaram em uníssono.
“HAHAHAHAHAHAHA!!!” Peter gargalhou mais.
“Janine... por favor, me diga que o último item é fita adesiva!” exclamou Egon, mortificado.
“Hã... não...”
Peter estava sem ar de tanto rir.
Ray e Winston sorriram, Egon levou as mãos à cabeça e Janine ruborizou um pouco.
“Janine... hahaha... por um acaso o último item da sua lista... haha... é uma certa marca de preservativo?” Peter não conseguia parar de rir.
“Por que raios você ficou xeretando na minha lista, doutor Venkman?!”
“Porque eu achei que a tal lista fosse do Egon!!!”
“Do Egon?”
“Afinal, estava no bolso do macacão dele!”
Janine olhou para ele; Egon tirou as mãos da cabeça e olhou para ela, ainda mortificado.
“Eu a encontrei na entrada. Resolvi guardar caso o dono- ou dona... aparecesse...”
“Não passou pela sua cabeça que poderia ser do Ray ou do Winston?...” disse Janine, olhando para Peter.
“Não! Por que eles deixariam uma lista com o Egon?”
“Eu já disse que achei no chão, Peter.”
Ray e Winston se justificaram.
“Pete, eu disse que a lista não era minha.”
“Se fosse minha, eu já teria dito...”
Os quatro olharam para Janine. “Não acredito que eu vou ter que dar explicações para os Caça-fantasmas sobre isso!!!” pensou ela.
“Bom... o último item na lista é... hã... você não está errado, Peter...”
“HAAA!”
Ray e Winston olharam para Egon, desafiantes.
“Hã... e... hã...” começou Egon.
“E por que raios tinha esse item na sua lista, hein, senhorita Melnitz?” terminou Peter.
Janine lançou um olhar furioso para Peter.
“Você tinha a intenção de usar com alguém? Hein? Hein?”
“SIM!!! Dá pra me deixar em paz, agora?!”
Janine saiu da copa e desceu as escadas com passos firmes, zangada.
“Caraca!”
“A lista era da Janine! Quem diria!”
Egon olhou sério para Peter.
“Por que, Peter?”
“Ora! Ficou resolvido o mistério!”
“O ‘mistério’ já tinha sido resolvido antes. Por que você foi se meter na vida particular da Janine?”
“Meu caro e estimado amigo, fiz isso por você!”
“Por mim?!”
“Claro! Você não pode deixar a Janine desperdiçar durex com um cara qualquer quando a gente sabe que quem ela quer mesmo é você!”
Egon deu um leve tapinha na testa, incrédulo.
“Peter, desça e peça desculpas à Janine!” ordenou ele, firme.
“Desculpas? Mas...”
“Não me importam os seus conceitos! Ela saiu transtornada!”
“Ok, eu peço desculpas! Mas só se eu perder a aposta!”
“Aposta? Que aposta?”
“Você vai ter que convencer a Janine que ela vai desperdiçar durex com o outro cara enquanto ela deveria usar era com você!”
“Peter, isso é absurdo!”
“É, Pete, o Egon não fez nada! O culpado da Janine estar p da vida é você!”
“Egon... você pode tornar essa aposta mais interessante...” Sugeriu Ray.
“Interessante? Como?”

5


“O Pete tá rico agora...” Ray sorriu. “Se ele ganhar, você ouve as piadinhas ridículas dele até ele enjoar...”
Egon franziu o cenho. Peter sorriu.
“Mas se você ganhar... além das desculpas... ele terá que te pagar 480 dólares.”
“Hummm... Isso é realmente interessante.”
“Peraí! Isso não é justo!”
“O que não é justo é você deixar a Janine chateada e não pedir desculpas, Pete!”
“É, com aposta, ou sem aposta, a gente vai forçar você a se desculpar, caramba!”
“E então, Peter? Temos um acordo?” perguntou Egon, esticando a mão.
Peter lembrou-se de todos os avanços de Janine e de como Egon se esquivava de todos, morrendo de vergonha. Ele abriu um sorriso e apertou a mão de seu amigo.
“Sim... Negócio fechado!”
Ray e Winston se entreolharam e Egon deu um sorriso discreto, confiante.
Peter saiu da copa e foi para o banheiro.
“Ok, a gente se desculpa com a Janine... e você... trate de ganhar essa aposta!” Ray disse, rindo.
Winston deu uma risada.
Eles deixaram o companheiro na copa e foram para o laboratório.
Egon de repente percebeu a situação apertada em que estava. Seu lado ambicioso falou mais alto quando Ray mencionou o dinheiro, mas agora ele se via sem saída. Teria que se meter na vida de Janine, coisa que ele não gostava de fazer, para convencê-la de que ele era o homem em quem ela deveria “gastar” o preservativo... Oh, não. Que situação!
Como ele iria chegar para Janine e dizer “Esqueça o outro homem. Sou eu quem deve usar esse preservativo com você.”?
Ele desceu e viu Janine olhando em direção à janela, um olhar perdido em seu rosto. Ela suspirou. Provavelmente estava pensando no tal homem.
Egon franziu o cenho um pouco.
“Janine” começou ele – ela deu um pulo na cadeira, assustando-se um pouco – “Hã... eu queria pedir desculpas pelo Peter, quer dizer, ele não tem que se meter na sua vida pessoal e...”
“Ah! Tudo bem, Egon! Sem problemas.”
“Mesmo assim, foi intrusivo da parte dele.”
“Não tem problema. Eu fiquei chateada sim, mas estou acostumada com o jeito ignóbil do Peter.”
“Bom, eu sinto muito.”
“Obrigada, Egon.”
“Hã... muito trabalho?”
“Não muito... eu deixei um pouco pendente ontem, estou terminando.”
“Oh, sim.”
“Egon... você se importa se eu sair mais cedo hoje?”
“Mais cedo?”
“Eu termino o serviço de hoje e adianto um pouco o de amanhã, Vou aproveitar que tem pouca coisa pra catalogar, falta só o do último reparo-“ Janine tagarelava. Ela queria sair cedo? Por que?
“Para que?” Egon logo se arrependeu de ter perguntado. Mas deixou assim mesmo.
“Hã... eu preciso resolver umas coisas...”
“Oh, sim. Hã...” Ela tinha assuntos a resolver que provavelmente não poderiam ser resolvidos à noite. “Família?”
“Hã... não. É... é assunto pessoal... meu.”
Egon fechou a cara. Era provavelmente um encontro. Com o rapaz para o qual ela comprou – COMPROU! – o... durex.
Mas por que ele se importaria? Ele não tinha nada a ver com a vida pessoal dela e...
...ele iria perder a aposta. É isso! Por isso ele se importava! Não que ele fosse muito ambicioso – esse era o departamento de Peter – mas... agora era diferente. É. Era diferente.
“Oh! Bom, certo, pode ir.”
“Ah! Obrigada, Egon!”
Janine abriu um sorriso enorme. E Egon fechou mais ainda a cara. Para que ela queria sair mais cedo??? Estava consumindo-o por dentro! Era melhor ele voltar lá para cima.
“E então...” começou Ray, esquecendo um pouco da revista de ciência que estava lendo “Já combinou um encontro com a Janine?”
“Não... ela me pediu para sair cedo.”
“E pra que?”
“Ela disse que tinha assuntos pessoais a resolver.”
“O que?”
“Eu deixei.”

6


“EGON! Você vai acabar perdendo a aposta! Tudo bem que é uma aposta besta, mas eu não estou a fim de ver aquele sorrisinho idiota estampado na cara do Peter!”
“Acho que vou desistir dessa aposta, Ray.”
“Desistir?!”
“Sim! Topei mais por um ímpeto do que por querer realmente ganhar 480 dólares do Peter!”
“Mas você não pode! Primeiro: o Peter tem que aprender a medir as palavras dele, especialmente com a nossa secretária! Segundo: é bom ele perder a grana pra ele aprender que não se joga pôquer em horário de trabalho!”
“Hum...”
“Terceiro: desistir não faz parte do vocabulário do Egon Spengler que eu conheço!”
Depois dessa conversa incentivadora, Egon não teve outra saída.
“Está bem... Não vou desistir...”
“Ah, e quarto: você vai fazer da Janine a mulher mais feliz do mundo...” Ray complementou, com riso na voz.
“Eu tenho cá minhas dúvidas quanto a isso...”
Egon passou o olho numa página da revista de Ray (ele a tinha posto de lado para dar atenção a seu amigo) e viu a imagem de um estudante do MIT recebendo uma premiação. Uma ideia começou a se formar em sua cabeça. Era uma ideia estúpida, mas o plano todo havia sido bastante estúpido até então.
*******
Egon desceu as escadas abotoando a camisa por baixo de seu paletó. Ele usava um terno preto com uma gravata verde escura.
Janine preparava-se para sair quando bateu o olho em seu chefe. Seu queixo caiu. Ele estava deslumbrante!
“Egon! Você vai sair?”
“Hã? Ah, sim. Vou sim.”
“Vai sair com...”
Nesse minuto o telefone tocou.
“Caça-fantasmas.” Egon atendeu, estando logo ao lado do telefone.
“Oi, querido!” cumprimentou a pessoa do outro lado da linha.
“Oi!!!” Egon abriu um sorriso enorme.
“Tudo bem por aí? Você está bem?”
“Sim, estou sim...”
Egon continuava com o sorriso enorme no rosto. Janine começou a ficar incomodada.
“Que bom! Escuta, você deixou aquele seu casaco college aqui em casa!”
“Eu deixei meu casaco aí? Preciso ir buscar...”
‘Ele deixou o casaco na casa de alguém?? E vai buscar?? Pelo sorrisinho idiota, só pode ser uma mulher... Mesmo o Egon... Ele não me engana! É um... um... homem, como todos os outros!’ pensou Janine, enfurecendo-se.
“Quando você vem me ver? Estou com saudade!...”
“Aww, eu vou te ver logo, logo!”
“Vou esperar ansiosamente!”
“Também estou com saudade!”
”Awww! Ok, meu amor. Tenha uma boa noite! Amo você!”
“Também amo você. Tchau!”
“Tchau, tchau!”
Janine fez um esforço para ouvir quem estava do outro lado da linha. Só conseguiu identificar uma voz feminina! E... “amo você”??? Quem era essazinha?!
Ela não podia deixá-lo se encontrar com essa mulher!
“Egon!”
“Sim?”
“Você... hã...”
Janine reparou nele novamente. Mais lindo do que o normal e extremamente cheiroso! Ela iria deixar outra usar e abusar dele assim? Nem morta!
Mesmo se... mesmo se essa outra o amasse!... Ah, e daí? Ela também o amava! Mas agora não era hora de analisar seus sentimentos mais profundos por Egon. Era hora de colocar os mais frívolos para fora!
“Deixa eu endireitar a sua gravata...”
Ele olhou profundamente nos olhos dela... Janine ficou hipnotizada.
Jogando tudo para o alto, ela o beijou.
Espere! Ela o tinha beijado? Como assim? Ela não ia sair cedo para um encontro?...
Aparentemente, seu plano tinha dado certo!...
Egon também não quis pensar nas conseqüências e devolveu o beijo.
“Esquece o seu encontro, Egon! Vem comigo!”
Ele sorriu um sorrisinho de lado.
“Claro.”

7


Janine ofegou. Ele disse “claro”?! Ele iria sair com ela???
“Para onde você quer ir?” gemeu ela.
“Para o seu apartamento.” Respondeu ele, sua voz grave uma oitava abaixo.
Janine gemeu baixo, pegou sua bolsa, pegou seu amado Caça-fantasmas pela mão e saiu correndo da firehouse.
Uma pessoa assistia à cena discretamente. Ray Stantz sorriu ao ver seu amigo sendo puxado pela secretária.
Janine mal podia conter sua excitação quando chegou a seu apartamento com Egon a tiracolo.
Ela largou sua bolsa e chaves de qualquer maneira numa cadeira perto da porta e agarrou seu objeto de desejo, beijando-o profundamente.
“Você pelo visto...” começou ele, ofegante, interrompendo o beijo “Esqueceu-se do seu encontro...”
“Mm... que encontro?” ela dava beijinhos no pescoço dele.
“O encontro para o qual você iria quando me pediu para sair cedo.”
“O que?...”
“O rapaz para o qual você comprou... durex.”
Janine soltou uma gargalhada.
Egon levantou a sobrancelha esquerda.
“Egon!!!”
“Que foi?”
“O rapaz com quem eu iria me encontrar... e... que eu espero muito que utilize... o durex...”
Ele franziu o cenho.
“... está bem aqui na minha frente.”
Ele fez uma cara de espanto.
“E-Eu?!”
“Sim...” ronronou ela, beijando-o novamente.
“Mmm...” ele gemeu.
Essa confissão de Janine o excitou ainda mais. Então era tudo um plano dela! Ele tinha pensando num... contra-plano!
Ah, seja lá o que fosse, tinha dado certo!
Janine o puxava para onde ele pensou ser seu quarto. Ela estava muito ansiosa!
E ele também, mais do que nunca!
As roupas desapareceram rapidamente e o ritmo dos beijos era na proporção inversa... lânguidos, profundos...
Janine puxou Egon para cima da cama junto com ela e sentiu o enorme membro dele em seu baixo ventre. Ela gemeu baixo.
Ele desceu para o pescoço dela, deixando beijinhos curtos e molhados, curtindo a sensação da pele sardenta em seus lábios.
Ele também gemeu baixo quando chegou aos delicados seios da secretária, passando levemente a língua por eles.
“Ohhh...”
Egon desceu mais e puxou o ar pelos dentes ao chegar às encharcadas partes íntimas de Janine.
Sem cerimônias, ele começou a lambê-las, lentamente.
“Ahhh!”
Logo depois ele passou a lamber rapidamente, e a procurar seu clitóris com a língua.
“Ohhhhh!” Janine gritava em êxtase.
Ao encontrar o que procurava, ele passou a chupar, incessantemente.
“Meu Deus!!!”
Ele alternava com os lábios e a língua, deixando-a indócil.
“Oh, Egon!!!” gritou, ao sentir a familiar onda de prazer passar por ela.
Ele expirou e sorriu para ela.
“Doutor Spengler... que língua é essa?...” Ela também sorria tolamente.
Ele riu. “Fico feliz que você tenha... apreciado...”
“Oh, sim.... apreciei muito... apreciaria quantas vezes você quisesse!”
Ele riu novamente e a beijou. Depois de alguns minutos de beijos exigentes e muitas carícias, Egon interrompeu o beijo e chamou:
“Janine...”
“Mmm... o que?...”
“Hã... eu...”
Ela logo entendeu. Ele estava pronto para ela.
“Ah... um segundo.”
Ela abriu a gaveta da mesinha de cabeceira e pegou um pacote de preservativo.
Ele o pegou da mão dela e levantou a sobrancelha esquerda. Ele leu a palavra “durex” em letras garrafais no pacote.

8


Janine estudou o rosto de seu adorado chefe. O cabelo loiro bagunçado, o rosto vermelho, os lindos olhos azuis escuros de desejo, a boca meio aberta, aqueles deliciosos lábios carnudos molhados. Ela gemeu.
“Ohh...”
“Vamos ver se é boa mesmo...”
Ela mordia o lábio inferior ao observar, ofegante, seu amado Caça-fantasmas abrindo o pacote de “durex”.
Egon o abriu com destreza e deslizou o preservativo rapidamente em seu membro. Janine gemeu baixo. Era sexy demais.
Ela o beijou ardentemente e o puxou para cima dela novamente, caindo em cima da cama.
Ele não perdeu tempo e a penetrou, lentamente. Ele soltou um grunhido; a sensação era muito boa.
Janine soltou um longo gemido. O homem era enorme!...
Beijando-a ternamente, ele continuou com suas estocadas lentas, a sensação de estar intimamente com Janine deixando-o cada vez mais excitado.
Janine agarrava-se a Egon possessivamente. Ela queria registrar a sensação de ter seus braços em volta do tronco musculoso, a pele dele contra a sua e o jeito incrivelmente habilidoso que ele a penetrava.
Egon passou a ser mais enérgico, deixando-a mais inflamada. Ao contrair-se mais em volta dele, ela gritou extasiada.
“AHHH!!!”
“Ohhh!!!” ele também gemeu alto.
Os dois aceleravam mais o ritmo, ele com suas estocadas, ela acompanhando-o.
Chegaram juntos ao clímax logo depois.
“Caramba!...” expirou ela, sua respiração voltando ao normal.
“O que foi?” perguntou ele, recuperando o fôlego.
“Você é demais, Doutor Spengler! Estou acabada!”
“Ah, dê a si própria mais crédito, Srta. Melnitz... você também é excepcional!”
“Bom... modéstia à parte... acho que é verdade. Meu plano funcionou lindamente!”
“Sim... e eu não me importo de não ter descoberto seu plano antes... foi uma deliciosa surpresa!”
“Uhhh, bota deliciosa nisso!” comentou ela, rindo.
Ele também riu e a beijou. Os beijos foram ficando mais famintos e profundos e Janine ficou feliz de ter comprado uma caixa de “durex”. Eles iam logo precisar de outro...
Ela se espantou um pouco com a voracidade de Egon. Quem diria, o cientista calado e soturno era um vulcão em ebulição na cama...
*******
“Bom dia, Doutor Spengler! Olha só pra você, chegando à firehouse de manhã cedo, de smoking! Onde é que o senhor estava, hein?” disse Peter Venkman, ao ver seu amigo entrando na firehouse.
“Ai! Droga!”
Logo atrás de Egon, vinha Janine, que havia tropeçado na porta.
“Cuidado!” disse ele, segurando-a pelo braço.
“Oh! Mm, obrigada, Egon...” Ela sorriu um sorriso tolo.
“De nada...” ele devolveu o sorriso.
O queixo de Peter caiu.
“Ahhh, não!”
“Que foi, Peter?”
“Não me diga que eu perdi a aposta?!”
“Que aposta?” perguntou Janine.
Enquanto isso, Ray e Winston desciam as escadas olhando a cena que se passava na entrada da firehouse.
“Ora, ora, bom dia!”
“Menos pra você, né, Pete!” Winston implicou com o amigo.
“Você passou mesmo a noite com a Janine, Egon?”
“Doutor Venkman! Que indiscrição!”
“Janine, ele é meu melhor amigo, eu tenho esse direito!”
“Mas eu sou sua secretária!”
“Aí são outros quinhentos! Isso não anula o meu direito!”
“Dr. Venkman, você é meu chefe!”
“Não, eu sou o melhor amigo do seu amante! Aparentemente!”
“Argh!” Janine resmungou, frustrada.
“Peter... só... cale a boca.” Egon disse, também frustrado.
“Não! Além de me deixar pobre, quer que eu fique quietinho? Não mesmo!”
“Ah, é, que negócio é esse de aposta, hein?”
“Janine, quer ganhar 240 dólares?” Egon virou-se para ela.
“Você vai dividir com ela?!”
“Sim! Se ela quiser!”
“O dinheiro é dele, Pete, ele faz o que bem entender...”
“Você! A culpa é toda sua, Ray!”
“Eu? Que foi que eu fiz?!”

9


“Colocou essas idéias bestas na cabeça do Egon!”
“Alguém quer fazer o favor de me explicar o que está acontecendo??” Janine perguntou num tom mais alto de voz.
“Acontece que o seu queridinho aqui tinha um plano, Janine!” disse Peter, referindo-se a Egon.
“Ah, é?” ela sorriu, olhando para ele.
“É, eu o desafiei a te convencer a usar o durex com ele!”
Janine olhou para Egon novamente, estóica.
“Se ele perdesse, iria ouvir as minhas piadinhas por um bom tempo... Pena... eu já tinha um monte!”
“E se ele ganhasse?” ela perguntou.
“Eu iria ter que te pedir desculpas por me meter na sua vida...”
Janine cruzou os braços e olhou para Peter desafiadoramente.
“Calma! Ainda não terminou! Além das desculpas, eu iria ter que pagar $480 pra ele...”
“480 dólares? Por que isso tudo e por que essa quantia?”
“É o dinheiro que eu ganhei no jogo de pôquer...”
“E não se joga pôquer em horário de trabalho, não é, Pete?” Ray o repreendeu. Peter mostrou um certo dedo para seu amigo.
De repente, todos os olhares se voltaram para Janine, menos o de Egon, que estava envergonhado.
“Bom... e então, Peter? Estou esperando!”
“Hã... perdão por me meter na sua vida. Foi feio da minha parte.”
Janine sorriu. Ela nem esperava um pedido de desculpas de Peter, sabia que era o jeito besta dele. Mas ela tinha certeza de que ele iria se desculpar, com aposta ou sem. Porque ele era fofo quando queria.
“Obrigada, Peter.” Ela sorriu para ele e recebeu um charmoso sorriso de volta.
“Quanto a você, Doutor Spengler...”
Ele olhou embaraçado para ela.
“Então era tudo um plano... uma aposta! Você ganharia dinheiro se... se...”
Os Caça-fantasmas se entreolharam. Talvez eles tivessem ido longe demais.
“Janine, eu...” Egon começou, mortificado.
“Muito ardiloso...” ela olhou para ele, um olhar triste. Mas ela logo abriu um sorriso. “Adorei!”
Os quatro amigos olharam espantados para ela, incluindo Egon.
“Te perdôo se você realmente me der os $240, Dr. Spengler!” disse ela, com um sorrisinho maroto.
Ele sorriu. “Assim que o Peter me pagar.” ele olhou para seu amigo.
“Puta sacanagem!” Peter reclamou e saiu, chateado.
Egon sorriu e Janine, Ray e Winston deram risadas.
Winston olhou para seu relógio: “Opa! Tenho que ir buscar a peça nova pro Ecto!”
“Egon! Ainda temos que terminar aquele serviço! Te espero lá no laboratório!” disse Ray.
“Certo!”
Ray e Winston saíram, deixando Egon e Janine sozinhos.
“Ouça... eu pensei... em desistir da aposta...”
“Por que?”
“Porque não era certo... eu não queria...”
“Eu sei.” Ela sorriu.
“Sabe?”
“Sim. Se eu te conheço, Egon – e eu acho que conheço, depois de cinco anos – você não faria isso deliberadamente.”
“Não.”
“Era só pra tirar um sarro com a cara do Peter, certo?”
“Sim... e ensiná-lo que não se joga pôquer quando se está trabalhando!”
Janine riu.
“Ah! Me diz uma coisa!”
“O que?”
“Ontem, quando você estava todo bonitão, com esse smoking aí...”
“Hm.”
“Você ia sair mesmo?”
Ele sorriu timidamente.
“Não... era para tentar... hã... te... ah, isso é absurdamente embaraçoso...”
“Haha, o que?”
“Era para tentar te seduzir!”
“HA! Um plano dentro do plano! Funcionou, Dr. Spengler!” ela deu um sorrisinho.
Ele também sorriu.
“Outra coisa!” Janine ficou séria de repente. O sorriso do rosto de Egon apagou-se.
“Com... Com quem você... falou... no telefone assim que desceu?” ela perguntou, o tom de voz um pouco zangado.
“Por que você quer saber?” ele sorriu largamente novamente.
“Porque eu quero saber se eu tenho competição! Você tava todo, todo com ela e...”
“Hahaha!” Egon começou a rir.
“E tem que ir à casa dela pegar a jaqueta e... Por que raios você está rindo?”
“Porque a situação é bastante divertida!”
“Divertida?! Egon, você disse pra mulher que a amava!”
“Disse.”
“Quem é ela?” Janine perguntou quase com lágrimas nos olhos.
“Minha mãe.”
Janine, de zangada, ficou vermelha, levando as mãos ao rosto, morrendo de vergonha.
Egon a abraçou, rindo. Ela era mesmo adorável.

FIM