Nem um pouco científico, mas bastante prazeroso

Título: Nem um pouco científico, mas bastante prazeroso
Autor(a): Jussara/bajumoon
Shipper: Egon/OC
Gênero: Romance
Censura/Classificação:  M
Capítulos:   III
Completa:  Sim
Resumo ou uma promo: Egon resolve relaxar

I
- Pare na próxima esquina, por favor! - disse ele ao motorista.
Sem nenhuma palavra, o condutor fez o que o passageiro pediu.
O passageiro entregou duas notas ao motorista e desceu, sem esperar pelo troco.
Mesmo se afastando, ele pôde ouvir o agradecimento do homem no carro.
Ele respirou o ar da noite satisfeito. Não era um ar puro, obviamente (se seu estado de ânimo fosse melhor, ele poderia catalogar mentalmente cada cheiro, gases e substâncias tóxicas no ar), no entanto, aquilo era uma mudança agradável de sua rotina desgastante.
Não que ele não gostasse do que fazia. Ele estava certo de que nenhum outro trabalho o deixaria mais feliz do que aquele.
Porém foram semanas difíceis...
Problemas com o equipamento, com o intragável Walter Peck, com a imprensa e também com seu amigo Peter Venkman.
Na maioria das vezes, ele conseguia com sucesso ignorar o amigo, mas Peter andava insuportável.
Frustrado com o trabalho e com suas últimas conquistas amorosas, o psicólogo espalhava sarcasmo, reclamações e ofensas gratuitas.
Peter passara dos limites, quando jogara e quebrara com raiva, um equipamento caro e que havia sido difícil de fazer.
Para não perder totalmente o controle e bater em Venkman, ele simplesmente saíra dali.
Ao cruzar as portas de saída de Firehouse, ele pegou o primeiro táxi que encontrou e seguira sem rumo.
No caminho, somente um lugar lhe passou pela cabeça.
Era loucura, mas o que importava?
Se ele queria relaxar e se distrair, lá  era o lugar certo!
Ele agora andava por algumas ruas e becos escuros, onde havia elementos de todas as espécies.
Alguns homens sujos e desalinhados  o fitavam com interesse (ou deboche), mas não ousavam provocá-lo.
Havia algo nele que provocava respeito, ou simplesmente hesitação.
Talvez fosse sua altura elevada e seu porte seguro.
Depois de mais alguns passos, ele finalmente chegou lá.
A construção antiga, que se mantinha desde os anos sessenta - talvez mais-  se destacava naquele lugar sórdido e obscuro.
Ele entrou no lugar, olhando com curiosidade e reconhecimento.
Ele viera a primeira vez com Peter, quando ele ainda estava na universidade.
Havia perdido uma aposta, que o obrigara a largar seus estudos naquela noite e conhecer o lugar.
"Na verdade, você deveria me agradecer, Spengs! Há meses você não tira esse nariz grande dos livros e não se diverte! " dissera Peter na ocasião.
Egon se irritara no começo, mas depois acabara por gostar de lá.
Chamber of delight era o nome da boate.
Um nome interessante e sugestivo, adequado para aquele ambiente ousado e estimulante.
O lugar cheirava a cigarros, bebidas e mesmo com a música alta, Egon se sentiu relaxar.
Mas ele precisava mais do que isso e se dirigiu ao bar.
O homem de meia idade atrás do balcão, serviu-o com uma dose de uísque sem gelo, como se ele fosse um assíduo frequentador.
- Você está com cara de quem precisa disso! - disse o barman, ao ver a expressão interrogativa do cliente.
Ele sorriu e tomou um gole, sentindo sua garganta queimar.
Ele não gostava de beber, mas naquela noite ele não se importava.
- Ah, não vejo a hora de sair daqui! - exclamou uma mulher, sentando ao lado dele no balcão.
Ela tinha os cabelos loiros, presos em um coque, com alguns teimosos fios cacheados soltos. O corpo curvilíneo, bem revelado no vestido curto e apertado. O perfume forte, com toque de almíscar era algo a parte.
O barman deu uma risadinha e comentou:
- Noite ruim?
- O que acha? Estou cansada desses homens nojentos, que se acham grandes coisas! - ela tirou da cintura um maço de cigarro e pegou um.
A mulher virou para o lado, sem prestar muita atenção no homem que ali estava e disse:
- Você tem fogo?
- Não, lamento! Eu não fumo!
Ela ficou surpresa e o finalmente o olhou, curiosa.
Sua expressão aborrecida mudou para uma bem entusiasmada e disse:
- Veja só! Não acredito que estou ao lado de Egon Spengler! Um dos caça-fantasmas!
**

II

Egon sorriu de lado para a mulher.
- Sim, sou eu.
- Muito prazer!
- O prazer é todo meu! - ele a olhou maliciosamente.
Ela retribuiu o olhar.
- Eu sou Shirley!
- Hum... Como vai Shirley?
- Feliz e intrigada em ver um homem como você aqui!
- Intrigada?
- Você não parece ser do tipo de homem, que vem a um lugar como esse. - o barman ofereceu um isqueiro e ela acendeu seu cigarro. - Você tem cara de certinho! Uma linda cara, aliás.
- Talvez eu não seja o que pareço. - ele mostrou a forte bebida ao seu lado e tomou tudo de uma vez.
- Hum... - com vontade de testar o homem, ela ofereceu o próprio cigarro.
Egon o pegou sem cerimônia, dando uma tragada e em seguida devolveu para ela.
Shirley gostou do que viu. O homem parecia perigosamente sexy.
- E então? - a voz dele estava ainda mais profunda.
Ela passou a mão atrevidamente pela coxa dele.
- Interessante... Estou curiosa para saber o que mais você é capaz de fazer.
Egon olhou com curiosidade para a mulher.
Ele de fato, não fora até ali, atrás desse tipo de diversão. Mas talvez fosse exatamente o que ele precisava
Ele pagou uma bebida para ela, enquanto eles tinham uma leve conversa.
Na verdade, ele deixou que ela falasse, enquanto ele a observava.
Shirley fez um breve resumo sobre sua vida e gostos pessoais
Ela estava encantada por ele ser um bom ouvinte, tão diferente dos homens que por ali apareciam.
- Você é uma mulher muito interessante, Shirley! - ele disse de repente, deixando-a lisonjeada.
Para a surpresa dela, ele sorriu e a puxou para um beijo.
O beijo foi intenso e ela se afastou dele ofegante.
- Uau! - ela exclamou involuntariamente.
- Talvez devêssemos nos conhecer melhor... Em outro lugar mais reservado.
Ela sorriu amplamente.
- Eu concordo, Egon. Venha!
Egon pagou as bebidas e deixou-se ser conduzido por ela.
Eles saíram da boate e andaram algumas ruas, até um prédio meio deteriorado.
Ela entrou no lugar, sendo seguida por ele.
Aparentemente não havia elevador (ou estava quebrado, Egon não tinha certeza) e eles subiram dois lances de escada, até ao apartamento dela.
Ela abriu a porta e o convidou a entrar:
- Eu sei que não deve ser nada comparado ao que você está acostumado, mas é aconchegante.- ela disse, quase em tom de desculpas.
- É bonito!
- Haha, até o fato de você ser um péssimo mentiroso, torna-o atraente!
- O lugar não importa. Você é a melhor parte!
Ela se aproximou dele, colocando o braço ao redor do pescoço de Egon.
- Você é um homem incrível, Dr. Spengler! - ela beijou ele. - Você quer algo para beber?
- O que você tiver, por favor!
Ela sorriu e pegou uma garrafa de cerveja na geladeira e deu a ele.
Egon não gostava muito de cerveja, mas pegou a bebida, dando alguns goles e largou-a de lado.
Shirley voltou a se aproximar mais dele, dizendo descaradamente:
- Não gostaria de conhecer a minha cama?
**

III

- Certamente! - respondeu Egon, puxando-a para si.
O beijo foi selvagem, atrevido e profundo.
Ela arrancou dele o paletó, a gravata, a camisa e as calças em questão de minuto, o desejo deixando-a ansiosa.
Egon também não perdeu tempo e lhe tirou o vestido e o sutiã, passando a massagear seus seios.
Shirley então o empurrou para o quarto, jogou Egon na cama e tirou-lhe a cueca, passando a massagear seu membro.
- Ohh... - O físico gemeu em deleite.
Shirley já estava subindo pelas paredes! Aquele homem incrível e grande em sua cama, com uma expressão de puro prazer em seu rosto, deixou-a maluca de desejo!
Sem perder tempo, ela pegou em sua gaveta um preservativo, colocando-o nele.
Egon a observou com prazer, ela tirar a peça íntima dela e montá-lo.
Ela colocou o longo membro dentro de si, dando um gritinho extasiado.
Egon deixou que ela assumisse totalmente o controle, apenas segurando sua cintura, para lhe dar mais apoio.
Shirley então acelerou os movimentos, gritando de prazer por todo o processo.
Egon ofegava, sentindo-se cada vez mais próximo do clímax.
Ela, no entanto, chegou primeiro, gritando o nome do físico.
Egon teve seu alívio logo em seguida.
Shirley desabou no peito dele.
- Ah, você é mesmo uma delícia!
Ele deu um sorriso preguiçoso.
- Você também!
*

Egon entrou na Firehouse, pouco antes das oito da manhã.
Ele subiu as escadas e entrou no quarto, encontrando Peter sentado em sua cama.
- Bela hora de chegar, Spengs!
- Eu acho realmente ótima mesmo! - Egon devolveu a ironia.
- Pela sua cara satisfeita, roupa desalinhada e perfume feminino. Você teve uma noite e tanto!
- Pode apostar que sim, Venkman!
- Encontrou alguma amiga nerd, para discutir física quântica?
- Não. Digamos que eu encontrei uma mulher ordinária, para discutir aspectos da anatomia.
- Humpf! - Peter virou a cara e Egon deu um sorriso.
Não havia mesmo nada de científico em seu encontro. Mas fora bastante prazeroso.

Fim