Delicia de homem, escândalo de matéria

Título:  Delicia de homem, escândalo de matéria
Autor(a): Jussara/bajumoon
Shipper: Egon/OC
Gênero: Romance
Censura/Classificação:  M
Capítulos:  III
Completa: Sim
Resumo ou uma promo: Egon vai tirar satisfações com uma esperta jornalista

I

- Parabéns, Dom Juan! Sua fama é conhecida em todo o país agora! - Peter cruzou os braços, esperando curioso a reação do físico.
Egon olhou para o jornal, que Peter jogara em sua bancada.
Ele não estava com muita paciência para escutar o amigo, mas suas últimas palavras e a evidente foto sua em uma página de jornal, chamaram a sua atenção.
- O que é isso?
- Leia você mesmo, gênio!
Egon segurou o jornal em ambas as mãos e passou a ler o artigo.
Seu rosto, geralmente impassível começou a mudar.
O artigo o descrevia como um amante insaciável, escondido sob a faceta do frio cientista e compenetrado Caça-fantasma.
Peter observou interessado, a testa de seu amigo enrugar, em uma expressão carrancuda.
- Isso é um ultraje!
- Ultraje? A tal repórter só faltou intitular você, como o rei do sexo e você fica ofendido?
- Isso desacredita o meu trabalho com um cientista, Peter!
- Há, será mesmo? Aposto que teremos moças aqui, dispostas a experiências com você! Tudo em nome da ciência, claro!
- Isso não é uma piada, Peter!
- E você pensa que eu estou animado com isso, Spengs? Honestamente acho que você está sendo supervalorizado. Se essa moça tivesse me conhecido, não se lembraria de você!
Egon respirou fundo, diante do comentário despeitado do psicólogo.
- Nem mesmo eu a conheço!
- Quer dizer que ela escreveu tudo isso sobre você e vocês nunca foram para a cama?
- Eu nunca a vi antes!
- Tem certeza?
- Mas é claro! - Egon tirou o seu jaleco e ajeitou a gravata.
- Aonde vai?
- Onde acha? Vou falar com essa mulher! Ela terá que explicar tudo isso!
**
Egon entrou na movimentada redação do jornal, recebendo olhares maliciosos das mulheres e expressões zombeteiras dos homens.
Ele sentiu sua irritação crescer a cada instante!
Depois de orientado sobre onde poderia encontrar a repórter, que escrevera seu artigo, o caça-fantasma rumou até a mesa dela.
- Boa tarde!
Ela ergueu os olhos da tela do seu computador, totalmente surpresa.
- Dr. Spengler! A que devo a honra de vê-lo por aqui?
Egon não conseguiu identificar se a voz soava admirada ou debochada.
- Vim pelo artigo!
- Oh, claro! Mas não precisava vir agradecer!
- Não estou grato! Exijo uma retratação!
- Como é? - ela deu um sorrisinho, voltando a sua atenção para seu trabalho, ignorando-o deliberadamente. - Pensei que ficaria lisonjeado! Afinal, falamos muito bem do senhor!
- Oh, claro! Lamento, mas acho que temos conceitos diferentes sobre o tema!
Ela cruzou os braços, largando novamente o que fazia, para olhar para ele.
- Ah, por favor, Dr. Spengler! Eu só escrevi que o senhor é um homem amado pelas mulheres!
- Na verdade, senhorita... Evans, certo?
- Sim. Emma Evans!
-  Na verdade, eu fui tratado como um amante barato!
- O senhor deveria reler o artigo então!
- Uma vez foi mais do que o suficiente! Foi um artigo totalmente desnecessário. E nem entrarei no mérito de que minha vida particular não interessa, nem a senhorita, muito menos a toda cidade de Nova York.
- Muito pelo contrário! Não sabe o quanto a sua vida interessa a todos.
Egon percebeu que sua discussão com a repórter, atraía uma pequena plateia.
Sentindo-se ainda mais incomodado, ele sugeriu.
- A senhorita já almoçou?
- Não. Não tive tempo!
- Então eu a convido!
- Vai tentar me seduzir também? - Egon deu a ela um olhar, que a fez retroceder. - Está certo! Eu aceito o convite!
**
Egon a levou a um restaurante próximo à redação.
O lugar era tranquilo e agradável.
"Esse homem tem um ótimo gosto!" Emma admitiu em pensamento.
Eles foram levados até uma mesa e assim que fizeram os pedidos, Egon perguntou, já com seu habitual e sério tom:
- O lugar a agrada?
- Bem, já que vamos continuar a discutir, o lugar é o de menos!
Egon observou a mulher a sua frente, com atenção, pela primeira vez.
Ela era uma mulher interessante, ele não podia negar.
Olhos escuros e astutos, cabelos pretos e lisos, em um corte um pouco acima da do ombro. O corpo razoavelmente proporcional.
Ela tinha uma beleza mediana. No entanto, sua própria personalidade a deixava mais atraente.
- Está me analisando, Dr. Spengler? - ele foi pego de surpresa, com o comentário perspicaz.
Mas com seu autocontrole habitual, ele logo se recuperou.
- Estava pensando o que faria uma mulher aparentemente inteligente, escrever um artigo medíocre!
Ela deu um sorriso de lado.
- O senhor se acha medíocre, então?
- Aquele texto não é sobre mim, realmente! Eu sou um cientista!
- Quer me dizer, que além de cientista, também não é esse amante, que muitas mulheres sonham?
Egon deu um sorriso de lado.
- Honestamente eu não poderia responder essa pergunta. Somente as mulheres com as quais eu estive, não acha?
Ela se sentiu arrepiar, diante daquele olhar, mas tentou se manter firme.
- Bem, pois saiba que elas falaram muitas coisas. Temos algumas amigas em comum, Dr. Spengler! - como ele não respondeu, ela prosseguiu: - E o senhor pode achar ofensiva a matéria, mas saiba que era algo que todos queriam saber. Já estamos cansados das facetas heroicas e profissionais dos Caça-fantasmas.
- É mesmo?
- Sim, é mesmo! Queríamos coisas mais pessoais! Principalmente do Senhor, que tem a fama de frio! Agora todos sabem que não é bem assim!
Egon lhe deu um olhar fulminante.
- Pois bem, senhorita Evans. Aproveite-se da minha vida particular. - ele se ergueu e inclinou-se ao lado dela, falando próximo de seu ouvido. - Mas saiba que uma boa repórter, primeiramente comprova se a informação é verídica, antes de publicar. Mas esse não foi o caso, certo?
Ela sentiu seu corpo trêmulo de repente e coração bater mais rápido, diante da voz profunda.
Egon se recompôs e pegando sua carteira, chamou o garçom, deixando com ele uma quantia de dinheiro suficiente pela comida.
- Está indo embora? - Emma se ergueu surpresa.
- Sim. Desculpe-me por sair assim, mas penso que você preferirá terminar o seu almoço sozinha. Tenha uma boa tarde, senhorita Evans!
Ele saiu do recinto, deixando uma impressionada repórter para trás.
**

II

Egon arrancou a camiseta preta que usava ansioso por tomar um bom banho.
O classe cinco tinha dado muito trabalho. Mas não mais do que as mulheres, que estavam agrupadas tentando se aproximar mais dele.
Aquela matéria (e as consequências dela) o irritara mais do que ele desejava.
Egon sempre fora discreto com sua pessoal, mas agora estava totalmente exposto!
- Está sozinho aqui? - disse Peter, entrando no quarto, pouco antes de Egon rumar para o banheiro.
- Obviamente! Você mesmo viu Ray e Winston descendo para a unidade de contenção.
- Eu me refiro a alguma de suas fãs. Pensei que você havia trazido uma delas para cá.
- Já estou fatigado dessa história, Venkman!
- Não pense que tem sido fácil para nós, também! Teria sido um pouco melhor, se ao menos Janine não enxotasse todas as mulheres que aparecessem atrás de você aqui, antes que eu pudesse fazê-las me conhecer melhor!
Egon revirou os olhos.
- Só espero que esqueçam logo dessa história!
- Todos nós, Spengs! - Peter se adiantou, antes que Egon entrasse no banheiro. - Lamento Casanova, mas vou tomar banho primeiro!
Ele fechou a porta, deixando um aborrecido Egon para fora.
**
- Trabalhando em alguma pesquisa importante?
A voz de Emma, vez Egon parar imediatamente o que estava fazendo e encarar a repórter, com o olhar gélido.
- Como entrou aqui?
- Sou uma repórter, sempre consigo o que quero! - ela suspirou. - Mesmo com a sua irritante secretária, tentando me impedir!
- Graças a sua matéria, ela não tem tido paz, com as mulheres que aparecem por aqui!
Ela deu uma risada.
- E aposto que ela, além de sua funcionária fiel, é outra das suas amigas íntimas, não?
Egon a ignorou.
- O que deseja afinal?
- Bem, depois do nosso encontro, há algumas semanas, eu pensei que realmente merecia a retratação.
- E o que a fez mudar de ideia?
- O nosso almoço! Você saiu muito aborrecido.
Egon a olhou com uma indefinível expressão.
- É muito amável de sua parte, vir aqui para isso! - ele se aproximou mais dela, olhando-a intensamente.
Emma o olhou atraída e desconfiada ao mesmo tempo.
Mesmo que tentasse negar, aquele homem mexia com ela, de um jeito que ela não podia controlar.
Mas ela estava lá com um propósito e não ia desviar de seu objetivo.
- Você que foi muito amável... Posso te chamar só de Egon?
- Como queira, senhorita Evans.
- Chame-me de Emma. Acho que começamos um pouco mal, mas podemos nos dar bem! - ela deu a ele seu melhor sorriso, tocando ligeiramente em seu braço.
- Tenho certeza que sim!
- Eu prometo que vou enaltecer sua brilhante carreira científica, no meu próximo artigo!
- Eu fico muito grato!
- Mas, se me permite, gostaria que você me respondesse uma coisa.
- Pergunte.
- Você já ficou com alguma de suas fãs? E o que você acha que tem, que atrai as mulheres?
Ele deu um sorriso de lado.
- Pura curiosidade?
- Sim. Eu sei que são perguntas invasivas, diretas, mas ouvi muitas histórias sobre você. E não pude ter sua opinião!
- Minha opinião é mesmo tão importante para você?
- Não se trata de ser importante!
- Tem certeza?
- Sim. E eu não vou publicar. Só estou realmente curiosa.
- Curiosidade... Ou interesse?
- Curiosidade, claro! Não pensa que estou interessada, em entrar para sua longa lista de "amigas", não é?
Ele deu um sorriso, que a deixou de pernas bambas e ficando ainda mais próximo dela, respondeu.
- Apesar da óbvia reação do seu corpo... - ele deslizou os dedos pelo pescoço dela, descendo perigosamente até os seios.  - Eu me referia a outro tipo de interesse.
- O quê?! Ela ficou em choque, quando ele desceu completamente a mão direita, entre os seios dela.
- Se me permite! - Habilmente ele encontrou e retirou um gravador, escondido no decote dela.
- Eu... - ela o olhou totalmente perdida, enquanto ele a encarava.
- Pura curiosidade, certo?
**

III

- Você não tinha o direito de colocar a mão aqui desse jeito! - acusou ela.
- E você não tinha minha autorização, para gravar nossa conversa. Estamos quites!
- Eu só queria...
- Eu sei o que você queria! A entrevista sobre mim, fez sucesso. Você queria a chance de uma segunda, com detalhes mais sórdidos.
- Não. Quem você pensa que é, Dr. Spengler? Eu posso conseguir entrevistas muito melhores!
- Obviamente. O seu gravador escondido realmente prova isso! - ele a olhou com sarcasmo.
- Você não passa de um cretino, ordinário! Um cientista medíocre.
Egon perdeu a paciência.
- Saia. Você não terá uma nova matéria, ao menos não com minha participação. Tem absolutamente nada, para fazer aqui!
- Pode apostar que eu vou embora mesmo! - ela estendeu a mão.  - Devolva meu gravador!
- Não!
- Como não? É meu!
- Vou ficar com ele, até me certificar de que não há nada sobre mim.
- Você não disse coisa alguma!
- Mas Ray pode ter dito. Foi ele quem a ajudou a entrar aqui, não?
Emma o olhou com raiva. Que droga de homem esperto! Ela o admirava ao mesmo tempo, que tinha vontade de bater nele!
- Isso é roubo, Dr. Spengler! Devolva-me agora! Esse gravador é de estimação!
- Não.
- Seu canalha!
Emma tentou arrancar o gravador de Egon, mas este o colocou em uma alta estante, impedindo-a de pegar.
Tomada pela raiva, a repórter começou a bater nele, mas Egon segurou seus braços.
- Detesto você! - disse ela, tentando se soltar.
- Saiba que é recíproco senhorita Evans!
Egon a prendeu nos braços, em uma tentativa de acalmar a moça e fazer com que ela fosse embora.
Ela se debateu, mais irritada, ofendendo-o ainda mais.
- Já chega! - disse ele com firmeza, enquanto tomava a boca dela, com um beijo.
Emma não conseguia acreditar no que estava acontecendo.
Em um instante, ela estava discutindo com aquele homem, dizendo sem cessar o quanto o detestava e no instante seguinte estavam se beijando.
Ela pensou apenas por um momento em afastar o canalha de si, mas o desejo repentino falara mais forte.
Aquele homem tinha um beijo tentador!
Em poucos segundos, a língua dele explorava cada canto da sua boca, fazendo-a querer mais.
Ela então mandou o orgulho para o espaço e o beijou com o mesmo entusiasmo.
Ele a encostou na parede, colando seu corpo ao dela, enquanto Emma passava os braços ao redor do pescoço do físico, aprofundando mais o beijo.
Os longos dedos deslizaram pelo corpo dela, demorando nos seios da repórter.
Ela gemeu extasiada, quando Egon massageou seus seios, por cima da blusa que ela usava.
Desesperada para tê-lo, Emma arrancou dele o jaleco e abriu sua camisa, arranhando o peito do físico, com suas unhas.
Egon sorriu, diante do desespero dela e disse, de forma cínica:
- Melhor que você vá embora agora! Afinal, não foi isso que você veio procurar aqui, não é mesmo? - ele a olhou nos olhos.  - Ou você quer comprovar como é estar comigo, para escrever uma matéria mais interessante?
Emma deu um tapa na cara de Egon.
- Cretino! Isso não tem nada a ver com o meu trabalho! - ela respirou profundamente e logo o puxou para ele. - Tome-me agora. Eu quero você em mim!
Ela abriu as calças dele, surpreendendo-o.
Mas logo Egon se recuperou, arrancando a peça íntima de Emma, por baixo de sua saia, erguendo e penetrando-a.
Ela deu um grito de satisfação, ao ser preenchida por ele.
Egon segurava as coxas da moça, movimentando-se rápida e profundamente.
- Ohh... Era isso que... Isso que você almejava desde o início, não?
- Ahh... Não... Ohh... Não seja convencido!
Ele deu um sorriso de lado e a penetrou com mais força, fazendo-a gritar novamente.
Logo Emma atingiu o clímax e ele liberou seu próprio prazer.
Ela ficou por alguns instantes, agarrada ao corpo dele, até que Egon a soltou.
O cientista vestiu suas roupas e esperou até que ela se recompusesse.
- Isso não devia ter acontecido! - disse ela.
- Bem, aconteceu, é um fato! O que fará sobre isso?
- Nada!
- Como queira!
A frieza dele a irritou.
- Você só vai dizer isso, depois do que fizemos?
- Dizer "muito obrigado", parece um tanto inadequado, não?
Ela estreitou os olhos.
- Quero que saiba, que não fiz isso pela matéria.
- Sim, você já disse!
- Nem costumo fazer... Coisas assim... dessa forma... Tão... Tão casual!
Emma o encarou e ficou incomodada com o olhar que ele lhe dera.
Ela não sabia porque estava se explicando, mas não conseguia parar.
- Isso não vai acontecer novamente! - continuou ela. - Foi uma loucura.
- Certo. Então já estamos esclarecidos. Perdoe se pareço grosseiro, mas preciso voltar a trabalhar!
Sem forças para continuar discutindo com ele, ela assentiu com a cabeça.
Quando estava na porta, a repórter mesmo se chutando mentalmente, disse:
- Nós vamos nos ver de novo? - ele a olhou estranhamente e ela disse depressa: - Quero dizer, para que você devolva meu gravador!
- Amanhã eu a procurarei, certo?
- Certo então... Até logo!
- Até logo, Emma! - ele lhe deu um sorriso aberto, deixando-a encantada.
Além disso, ela sentiu mais satisfação do que gostaria, ao ouvir Egon dizer o seu nome.
"Mal posso esperar para vê-lo novamente!" Ela se pegou pensando, enquanto saía da Firehouse.

Fim