Título: As babás
Autor(a): Jussara/bajumoon
Shipper: Nenhum
Gênero: Talvez comédia
Censura/Classificação: PG
Capítulos: 3
Completa: Sim
Resumo ou uma promo: Devido a falta de dinheiro, os rapazes são obrigados a aceitar um emprego diferente.
I
- Droga! - suspirou Mike, desligando o telefone.
- Quem era, Mike? - perguntou Davy, largando a revista que lia, em um canto qualquer.
- Quem mais? Nosso senhorio! Está furioso porque ainda não pagamos o aluguel!
- Temos que achar um emprego rapidamente! - falou Micky, enquanto brincava com suas baquetas. - Ou estamos perdidos!
- Mas não apareceu nada para nós! - comentou Peter com desânimo.
Davy foi até a cadeira, pegando o jornal deixado ali.
- Tem que ter alguma coisa aqui!
- Não adianta, Davy! Eu já olhei tudo! Não há nada para nenhum de nós! - Mike apoiou a cabeça na mão, chateado.
Davy folheou o jornal e um anúncio chamou sua atenção.
- Ei, olha isso! Um casal de ricaços está pagando cinquenta dólares a hora, para cuidar de um bebê de seis meses!
- Uau, isso é muito dinheiro! - Peter ficou admirado.
- Se a gente conseguisse uma grana dessas, nossos problemas estariam solucionados! - disse Micky.
- Ei, rapazes, não se empolguem tanto! Não podemos trabalhar nisso, eles querem uma babá! - falou Mike.
- Nós quatro podemos cuidar de um bebê! - disse Davy.
- E algum de vocês sabe fazer isso? - perguntou Mike.
Todos menearam a cabeça negativamente, mas Davy disse:
- Ora, não deve ser difícil! E nós precisamos dessa grana!
Os três olharam para Mike, que disse, sem muita vontade:
- Está bem, vamos tentar! Mas como fazer para que eles nos empreguem? Provavelmente esperam garotas para se candidatar ao cargo.
- Um de nós pode se disfarçar de mulher! - sugeriu Micky.
- E quem será? - perguntou Davy.
-Você Davy! - disse Peter.
- Eu?
- É isso mesmo, Davy! Afinal a ideia do emprego foi sua! - Mike deu um sorriso maroto.
Davy olhou torto, mas teve que concordar.
*
Micky e Davy (este vestido de mulher) chegaram à mansão do anúncio de emprego, mas não esperavam encontrar uma grande fila de moças interessadas na vaga.
- Isso não vai dar certo, Micky! - cochichou Davy, ajustando discretamente a peruca.
- Claro que vai! Fique tranquilo! Seja apenas simpático na entrevista, ou melhor, simpática! - Micky tentou esconder o sorriso, mas foi impossível.
Davy fechou a cara, vendo como seu amigo se divertia às suas custas
- Não é engraçado!
- É, sim! - Micky deu um risinho, mas ficou logo sério e segurou Davy, que pretendia fugir.
- Deixe-me ir embora! Olha o tamanho dessa fila! São muitas candidatas!
- Não se preocupe com isso, você será "escolhida"! - Micky deu um tapinha amigável nas costas do amigo e a moça que estava na frente se voltou para Davy e disse:
- Ah, que lindo que seu namorado veio te acompanhar e está te apoiando! - ela voltou seu olhar para Micky, de forma sonhadora.
Os rapazes olharam um para o outro fazendo careta:
- Blé! - falaram juntos.
- O que foi? - a moça perguntou ao ver a cara deles
- Não somos namorados, só amigos! - explicou Micky.
- Hum... Está bem! - a moça os olhou com malícia, mas se voltou novamente para frente e Davy cochichou para Micky:
- Viu só? Isso não vai dar certo!
- Claro que vai, Davy! Agora se concentre e faça o possível para conseguir aquela vaga!
Davy suspirou.
*
Passou algum tempo, até que chegasse a vez de Davy ser entrevistado.
Micky ficou do lado de fora esperando o amigo, enquanto Davy entrou na mansão.
Um mordomo o levou até a biblioteca, onde seria entrevistado pelo dono da casa.
- Senhor, essa é a senhorita Jones! - anunciou o mordomo.
- Entre senhorita! - senhor a chamou e Davy entrou, sentindo-se nervoso.
Ele fez um gesto com a mão, para que Davy se sentasse e o rapaz agradeceu, com a voz mais fina que conseguiu fazer:
- Obrigado, quer dizer, obrigada!
- Vamos começar pelo seu nome. Como se chama?
- Da... Jones! Eu sou Jones!
- Ah, senhorita Jones! Qual o seu primeiro nome?
- Hã... Bem... É...
- Esqueceu seu nome? - o homem deu um meio sorriso.
- Não. Meu nome é... Mary!
- Ah, que belo nome! - ele se aproximou mais de Davy e disse: - Eu sou Richard Bennett!
- Muito prazer senhor Bennett! - Davy deu um sorrisinho sem graça, visivelmente incomodado com a aproximação do homem.
- Você tem alguma coisa diferente das outras candidatas! Faz as outras parecem muito sem graça. É muito bonita, Mary! Posso te chamar de Mary, não?
- Po-pode!
- Realmente gostei de você! Mas preciso fazer algumas perguntas.
- Pode fazer!
- Já cuidou se crianças antes?
- Já! - Davy cruzou os dedos pela mentira.
- E tem disponibilidade de ficar umas sete horas com um bebê de seis meses?
- Sim.
- A maioria dos meus empregados estão de férias nessa temporada e a senhora Bennett e eu precisarmos fazer uma rápida viagem, em uma cidade vizinha e não podemos levar a pequena Amy conosco.
- Entendo... Se me der o trabalho, cuidarei bem dela.
- Acho que realmente não preciso procurar mais... Uma garota tão linda como você, tem que ser a escolhida! - Davy se segurou para não bater no homem, quando este passou a mão no meu rosto. - Ah, pena que não disponho mais de tempo...
- Pa-para quê?
- Para conhecê-la melhor!
Davy revirou os olhos irritado.
*